Caso Décio: Delegado afirma que investigações entram na fase das acareações

Caso Décio: Delegado afirma que investigações entram na fase das acareações

Na manhã deste sábado (07) o delegado Marcos Afonso, que coordena a comissão responsável pela elucidação da morte do jornalista Décio Sá, afirmou em uma entrevista a uma radio local, que as acareações entre os envolvidos na morte do jornalista Décio Sá já estão ocorrendo.

"Nós já começamos a fazer esse trabalho. Todos os procedimentos necessários estão sendo feitos, assim como a reconstituição foi feita", afirmou.

As acareações são importantes para confrontar os depoimentos do envolvidos e esclarecer a participação dos integrantes da quadrilha de agiotagem na morte do jornalista Décio Sá.

O delegado falou, também, sobre a arma 0.40, usada para matar o jornalista, que foi encontrada na Avenida Litorânea na última quinta-feira (05).

Inicialmente, Jhonathan de Sousa Silva disse, em depoimento, que teria jogado a arma no mar, quando saía de São Luís em um ferryboat.

Na quinta ele confirmou que escondeu a arma em uma duna na Avenida Litorânea, durante a fuga do local do crime.

"Isso confira que ele é o matador. Nós temos casos em que o matador fica com a arma do crime, a relação do pistoleiro com a arma geralmente é íntima, e quando ele é encontrado isso se torna uma prova. Nesse caso, a polícia já não acreditava nessa hipótese. Em momento nenhum acreditamos que ele tivesse jogado a arma no mar, mas se isso fosse divulgado alguém poderia ir atrás da arma, por isso tivemos que guardar as provas. Pessoas ligadas a ele poderiam ter retirado à arma da Litorânea. Para ele jogar fora essa arma ele teria que ter passado por uma barreira da Polícia Militar antes de embarcar no ferryboat, e isso já vinha sendo analisado friamente",esclareceu.

Ao final da entrevista, o delegado falou sobre o andamento dos interrogatórios e sobre o perfil do executor do jornalista Décio Sá. "Cada um tem uma personalidade, ele vai pelo dinheiro. O interrogatório mais conversado pôde revelar a personalidade dele. O diálogo e a conversa com ele renderam muito mais do que o interrogatório, que tem uma pressão maior, porque você tem que estudar ele, e ele também te analisa. Você tem que saber jogar, com calma, é como um jogo de xadrez", finalizou.

O prazo da prisão dos envolvidos na morte do jornalista termina na próxima quarta-feira (11) e a polícia vai pedir a prorrogação do prazo.

Caso a Justiça aceite a prorrogação do prazo, a polícia terá mais trinta dias para concluir o inquérito sobre a morte de Décio Sá.

Estão presos desde o dia 13 de junho, após a deflagração da Operação Detonando, os supostos mandantes do crime: Gláucio Alencar, José Miranda, Júnior Bolinha e Fábio Buchecha. O capitão da Polícia Militar, Fábio Saráiva, que teria conseguido a arma para a execução do crime, e o assassino confesso, Jhonatan de Sousa Silva.

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