Congresso Nacional estuda permissão de segurança armada dentro de coletivos e eventos

Congresso Nacional estuda permissão de segurança armada dentro de coletivos e eventos

O Governo Federal quer permitir a contratação de uma empresa privada para serviços de segurança armada em presídios, transportes coletivos e em eventos, como jogos de futebol e shows. O projeto recebe o nome de "Estatuto da Segurança Privada" e tem a intenção de liberar os PMs para o serviço provado em segurança pública. No quesito, transporte coletivo, a proposta gera preocupação entre as partes interessadas.

De acordo com o superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), Claudio Siqueira, o estatuto possui graves problemas na sua proposta estrutural. “Atualmente o sistema transporte público de São Luís já tem parceria com a Polícia Militar, que por acaso tem resultado em bons resultados, esse seria o primeiro impasse. O segundo, além do custo alto, é o perigo de ter uma pessoa armada dentro de um transporte público. É muita gente em um único espaço, e por esse motivo, fica ainda mais difícil para se identificar quem é e quem não é de confiança”, afirma.

Mas, não é bem assim que pensam os vigilantes. Para o Presidente do Sindicato dos Vigilantes e Empregados de Empresas de Segurança (Sindvig-MA), Luiz Gonzaga, é possível sim utilizar escolta. Ele também falou da viagem para Brasília aonde a categoria irá por em pauta a ampliação, discussão e melhorias na proposta do Estatuto.

“O Estatuto dos Vigilantes, que hoje tramita no Congresso, tem uma ampla discussão e reivindicação da categoria. Nos dias 24 a 26 de outubro estaremos em Brasília para participação da mesa de discussão sobre o seu funcionamento”, comentou o presidente do Sindvig-MA.

Para o Governo Federal, o estatuto foi elaborado sob medida para a realização dos Jogos Olímpicos e Copa do Mundo, que será realizada no Brasil em 2014. O texto atribui ao organizador de eventos a responsabilidade pela segurança interna nos estádios e locais de show.

Reportagem: Talita Dias
Imagens: Edu Santos
Adaptação: Marcos Atahualpa Cartágenes 

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