Conheça os malefícios que o álcool provoca na vida de um dependente

Conheça os malefícios que o álcool provoca na vida de um dependente

Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em novembro de 2010, a população do País já havia ultrapassado a marca dos 190 milhões de habitantes. A amplitude geográfica e populacional do Brasil tem sido motivo de preocupação para autoridades no que diz respeito ao consumo excessivo de substâncias etílicas, visto que mais de 500 mil jovens com idade entre 12 e 18 anos já provou algum tipo de bebida alcoólica.

A influência dos familiares, o sentimento de inclusão em determinado grupo e o papel da mídia são agentes precursores do problema. As grandes marcas de bebida patrocinam grandes eventos voltados para os jovens. O restinho de cerveja deixado em um copo pode ser o pontapé para uma futura dependência, além dos meios midiáticos que propagam as bebidas como algo positivo e não revelam o que há por trás do exagero no consumo.

Algumas pesquisas realizadas revelam que o primeiro contato ocorre por volta dos 11 anos e esse parâmetro reflete o futuro deste adolescente, já que em 80% dos casos de dependência entre os adultos, a primeira experiência com a bebida teve início nesta faixa etária. Portanto, quanto mais precoce o envolvimento do jovem com o álcool, mais chances ele tem de tornar-se o alcoólatra de amanhã.

Bullying

Intencionais ou não, as agressões físicas e verbais relatadas por muitos jovens no ambiente escolar provocam danos emocionais e, em alguns casos, irreversíveis. A relação entre o bullying e o álcool se faz presente no momento em que, na tentativa de impedir uma nova rodada de ofensas, as vítimas façam uso excessivo de bebidas alcoólicas como uma forma de amenizar o sofrimento causado pelos ataques. No entanto, essa situação pode persistir por anos, sem que seja solucionado e, por isso, o jovem torna-se adulto e carrega consigo a dependência alcoólica.

O bullying pode ser evidenciado dentro da própria família e os pais nem sempre percebem que rotular os filhos também é uma maneira de agressão.

Classe social e porta de entrada

Talvez por uma questão de pré-julgamento, muitos ainda acreditam que é na classe de baixa renda que o consumo da bebida é mais comum. Contudo, livre da qualificação sobre sexo, idade, cor e status financeiro, qualquer pessoa está sujeita à dependência. O que pode diferir de uma região para outra é o tipo de substância consumida, seja o destilado ou a cevada. O que também deve-se levar em conta é o fácil acesso para drogas lícitas como o tabaco e o próprio álcool. Ainda que este tema provoque dúvidas entre os especialistas, é possível afirmar que a grande maioria dos dependentes começou a usar tais substâncias legalizadas durante a adolescência.

Como identificar um dependente

Comumente, as pessoas que ingerem álcool buscam algum tipo de sensação alcançada apenas com a bebida. No entanto, quando esse “prazer” dá lugar à necessidade do consumo pode-se dizer que é um forte indício que caracteriza uma pessoa como dependente. Psicólogos observam algumas outras situações que auxiliam no reconhecimento deste processo, como por exemplo: a compulsão, o aumento gradativo da dose, o não comparecimento em compromissos sociais ou profissionais e sintomas como tremores, febres, sudorese e vontade incontrolável de beber para evitar esses desconfortos.

Meninas x Meninos

Segundo um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi revelado que nas grandes metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, o consumo de álcool entre as meninas chega a 55%.

Os números são assustadores e a explicação para esse comportamento pode estar na conduta da jovem em igualar-se ao adolescente em todos os sentidos, inclusive no quesito da bebida alcoólica. Hoje, as mulheres ocupam grandes espaços e conquistaram muita coisa. Entretanto, o organismo atua diferentemente em cada sexo. Enquanto o homem pode tomar duas latas de cerveja, a mulher pode tomar apenas uma. A equivalência é de duas para uma.

Relações sexuais sem proteção

A incidência de meninos e meninas que, sob o efeito do álcool, praticam relações sexuais sem o uso do preservativo cresce a cada dia. A relação entre o uso de álcool e o sexo desprotegido é bem conhecida também pelo fato de que as substâncias etílicas desinibem e promovem uma interação maior entre os adolescentes. Para afastá-los dos males do álcool e conscientizá-los dos perigos de uma relação sem cuidados, o ideal é que os pais orientem e conversem francamente sobre o assunto.

Importância da família e tratamento

O álcool possui substâncias perigosas que desestruturam a formação do cérebro de uma criança e adolescente, além de afetar a memória e a percepção do que está certo ou errado. A melhor solução é o diálogo dos pais com seus filhos. Os pais que se sentirem impotentes diante do vício do filho devem procurar ajuda em hospitais e clínicas especializadas.


Com informações do Saúde em Pauta Online

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