Convênio abre mais 60 novas vagas de trabalho para detentos no Maranhão

Convênio abre mais 60 novas vagas de trabalho para detentos no Maranhão

Um convenio do Tribunal de Justiça do Maranhão vai garantir mais 60 novas vagas de trabalho para detentos do regime semiaberto.

O encaminhamento é feito por meio do Programa Começar de Novo, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para dar oportunidade a quem responde ou já respondeu por um crime. Entre as vagas disponíveis, 18 serão destinadas a mulheres apenadas.

De acordo com o convênio assinado nesta quinta-feira (2), no auditório da Escola Superior da Magistratura, os detentos – a maioria com 30% da pena já cumprida e com bom comportamento – receberão da empresa parceira qualificação técnico-profissional e ocuparão vagas de emprego na construção civil.

Os apenados integrarão as equipes de trabalho da construtora na edificação de 700 moradias do programa “Minha Casa. Minha Vida”, na estrada da Ribeira, no Distrito Industrial de São Luís. A empresa possui outros nove empreendimentos em andamento, incluindo edifícios e condomínios residenciais de alto padrão, na capital e no interior do Estado.

O presidente da LN, Juraci Carvalho, explica que a capacitação será ofertada em serviço. “Não estamos exigindo qualificação, mas vontade de trabalhar. O funcionário vai aprender no canteiro de obras, seguindo os padrões da técnica de alvenaria gabaritada desenvolvida pela empresa”.

Para o diretor de Engenharia, Alexander Carvalho, a oferta das vagas representa uma segunda chance para aqueles que erraram, mas têm vontade de acertar. “Isso também reflete a responsabilidade social da nossa empresa, que hoje mantém mais de 1.200 funcionários”, disse.

O desembargador Froz Sobrinho, presidente do Grupo de Monitoramento e Fiscalização Carcerária e coordenador estadual do Programa Começar de Novo, considera a parceria “mais um salto rumo ao fortalecimento da reintegração social e da redução do alto grau de reincidência criminal no Estado”.

A triagem dos detentos é feita por equipe multidisciplinar da Sejap, formada por psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional e sociólogo, que avaliam por meio de entrevistas individuais e atividades motivacionais, a aptidão e perfil profissional dos apenados.

Caberá ao Programa Começar de Novo do TJMA, providenciar os documentos necessários para que os detentos possam ocupar as vagas de trabalho.

TJMA
 

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