Diálogo é apontado como o melhor remédio para salvar a vida de um filho no combate ao álcool

Diálogo é apontado como o melhor remédio para salvar a vida de um filho no combate ao álcool

Pesquisas apontam que 46% dos adolescentes começam a beber dentro da própria casa, fato esse que contrasta com o apelo do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Pediatria quando afirma que os pais nunca devem ter hábitos permissivos em relação à bebida alcoólica. Em grande parte, o adolescente adentra o universo do álcool experimentando um gole numa festa, uma dose em outro evento, até que o uso da substância se torna frequente ao ponto de levar a dependência.

Educadores, psicólogos, e qualquer manual de educação disseminam a afirmação de que os principais valores se aprendem em casa, é fato. Mas, é neste mesmo ambiente que alguns pais aproveitam para repassar seus costumes e estimular seus filhos a hábitos nada indicados, como o de beber, por exemplo. Ainda que não ofereça, outros pais abusam da bebida dentro de casa e acabam tornando-se referência para as crianças e adolescentes, muitas vezes aguçadas pela curiosidade de experimentarem algo que aparentemente causa tanto prazer.

Contudo, outro ponto conflitante pode ser observado: as bebidas alcoólicas oferecidas aos adolescentes em festas de 15 anos, geralmente estão dentro de um ambiente totalmente familiar. Profissionais na área da saúde afirmam que os pais deveriam conscientizar as crianças das dificuldades que a bebida traz e mostrar os dados alarmantes, pois, 30% das mortes dos adolescentes estão relacionadas ao álcool. Embriagados, acabam participando de brigas ou envolvidos em acidentes de trânsito.

Mesmo aqueles pais que não bebem e não permitem que seus filhos bebam em casa devem ficar atentos, visto que todo indivíduo está suscetível a beber em qualquer outro lugar. O comportamento deve ser acompanhado, pois provavelmente eles passarão a chegar machucados por causa de sucessivas quedas, com mau hálito que dura até o dia seguinte, passarão a dormir mais e seus rendimentos escolares irão cair.

O álcool possui substâncias perigosas que desestruturam a formação do cérebro de uma criança e adolescente, além de afetar a memória e a percepção do que está certo ou errado. A melhor solução, segundo o pediatra, é o diálogo dos pais com seus filhos. Porém, reprimir não é o caminho a ser trilhado. Não adianta obrigar os filhos a mudarem de amizades, pois a bebida está em todo lugar. O importante é explicar o quanto de prejuízo o álcool pode trazer e as intermináveis consequências ele pode causar. O álcool acaba levando os adolescentes a outras drogas como ecstasy e cocaína e ainda a terem relações sexuais sem preservativos e contraírem doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a AIDS.

Os pais que se sentirem impotentes diante do vício do filho devem procurar ajuda em hospitais e clínicas especializadas. Os adolescentes receberão assessoria de psicólogos e psiquiatras e se necessário passarão por um processo de desintoxicação.

 

Com informações da Saúde em Pauta Online

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