Efeito das políticas públicas para o campo é retratado em Estatísticas do Meio Rural

Efeito das políticas públicas para o campo é retratado em Estatísticas do Meio Rural

O Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário (NEAD/MDA) lançou,na última terça-feira (25), durante a abertura do VI Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial, em Salvador, a 4° edição da publicação Estatísticas do Meio Rural. O estudo foi produzido em parceria com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o qual fez um levantamento dos dados indicadores dos anos de 2010-2011.

Esses estudos feitos pelo MDA e Dieese e apresentam pela primeira vez informações geradas pela divulgação do Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Censo 2006 possibilitou que fossem fornecidas informações qualificadas a respeito da realidade no campo, permitindo o acompanhamento da dinâmica das relações de trabalho e das transformações no meio rural. Indicadores sobre agricultura familiar, reforma agrária, meio ambiente, inclusão socioprodutiva, estrutura fundiária, além de informações sobre trabalho e emprego, dados sindicais, dentre outros, são destaques no livro.

Entre as novidades desta edição de Estatísticas do Meio Rural estão recortes complementares para variáveis como: faixa etária e escolaridade (nível de instrução). No capítulo 2, Indicadores demográficos e sociais, tópico “Educação e saúde”, há informações sobre a média de anos de estudo da população residente na área rural, segundo sexo, local de residência, condição de atividade e ocupação. As faixas etárias selecionadas também têm como propósito integrar os indicadores de mercado de trabalho da publicação de modo a contemplar a análise das políticas públicas para a juventude.

Além disso, como base em dois importantes registros administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), são apresentadas novas tabelas e gráficos retratando o mercado de trabalho formal na agropecuária, no tema Trabalho e Rendimento.

 

Aumenta o investimento na agricultura familiar

Estatísticas do Meio Rural 2010-2011 permite observar que o crédito para famílias de agricultores familiares quintuplicou nas oito últimas safras, passando de R$ 2,3 bilhões em 2002/03 para R$ 11,9 bilhões em 2009/10, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) A evolução dos valores foi maior do que o número de contratos, que passou de 904 mil para 1,6 milhão no período (78% mais).

O maior financiamento do agricultor familiar se deu em um contexto de aumento do consumo nacional e de uma ampliação dos preços internacionais, que levaram a programas como o Mais Alimentos, linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que permitiu uma ampliação da capacidade produtiva devido à compra de equipamentos e infraestrutura para a propriedade rural familiar. Os financiamentos são de até dez anos , três anos de carência e juros máximos de 2% ao ano.

De acordo com a publicação também é possível perceber a redução da taxa de pobreza do campo entre 2003 e 2009, que foi de 14,4% - acima da média brasileira (12,4%). Para o diretor do NEAD, Joaquim Soriano, a publicação apresenta um retrato condensado das políticas públicas e indica onde houve avanços, em quais áreas, e também em que é necessário melhorar.

Para produzir a publicação, Dieese e NEAD também contaram com a colaboração das áreas do MDA e do Incra, que forneceram dados e resultados de políticas públicas em suas respectivas áreas de atuação.

 

 Ministério do Desenvolvimento Agrário 

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