O bom desempenho da economia chinesa garante ao Ibovespa sua melhor performance em seis meses. Entre as ações, melhor para a Vale, por seu grande potencial exportador para a China.
Assim como o Produto Interno Bruto (PIB) chinês subiu mais do que o previsto por analistas, 9,2% em 2011, mercados acompanharam a alta e registraram otimismo nas bolsas ao redor do mundo.
O Ibovespa seguiu a tendência e subiu 1,15%, para 60.646 pontos. É o maior patamar alcançado pelo índice desde 13 de julho de 2011, quando chegou a 60.669 pontos. O último fechamento de pregão acima dos 60 mil pontos ocorreu em 22 de julho do ano passado.
Esse era um patamar esperado há muitos pregões por analistas, já que marca o rompimento de uma resistência importante do índice.
"Começamos a ver um rompimentos e o Ibovespa pode buscar os 63, 64 mil pontos. Porém, eu acredito que o movimento natural deve ser de uma leve congestão antes de buscar esse valor. Pode ser que recue para 57 ou 58 mil pontos antes de ter força para buscar esse patamar", opina George Barros dos Santos, economista da FuturaInvest.
Entretanto, o mercado não deve acompanhar tamanha valorização ainda nessa semana. "Esse semana é difícil, devemos ficar nessa região de 60 e 61 mil pontos", afirma o economista. "Viemos de um dia de alta, em que não tivemos a referência das bolsas nos Estados Unidos, por isso o movimento é de congestão após dois dias de alta. Amanhã o índice deve ficar de lado", acrescenta.
Destaques
Entre as maiores valorizações do pregão, destaque para as ações da Vale. "Foi um reflexo direto do PIB chinês. A empresa tem um nível interessante de exportação para a China e a exportação acaba se beneficiando", diz Santos.
As ações ordinárias da empresa (VALE3) subiram 5,11%, para R$ 42,79, e os papéis preferenciais (VALE5) avançaram 4,10%, para R$ 40,91.
Entre as baixas, as ações da Vanguarda Agro (VAGR3) perderam 2,70% e os ativos da Klabin (KLBN4) recuaram 2,67%.
Brasil Econômico
