Covid-19: situação melhora na Europa, mas piora no resto do mundo

Covid-19: situação melhora na Europa, mas piora no resto do mundo
Foto: Freepik.

A evolução dos casos de Covid-19 está piorando em todo o mundo à exceção da Europa, a primeira região afetada pela pandemia fora da China, onde a doença surgiu em dezembro do ano passado.

Até esta segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, havia registrado quase 7 milhões de casos do novo coronavírus com 400.857 mortes.

Sinais positivos

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghrebreyesus, afirma que cerca de 75% das novas notificações vêm de 10 países. A maioria deles nas Américas e no Sul da Ásia. 

O continente africano também experimenta um aumento da doença, mas a maioria dos países tem menos de mil casos. O leste da Europa e o centro da Ásia notificaram contaminações, mas para a OMS, existem sinais positivos em várias partes do mundo.

Orientações

A agência observa que países e regiões que seguem as orientações de distanciamento social, prevenção, testagem e higienização mostram os melhores resultados. De acordo com estudos, a maioria da população global ainda se encontra sob risco de contrair o vírus.

Ao falar da onda de protestos contra racismo e violência policial no mundo, Tedros disse que a OMS apoia os movimentos, mas alerta para que os participantes mantenham a vigilância sanitária ao irem para as ruas. A receita é ficar pelo menos a um metro de distância do outro manifestante, lavar as mãos, usar máscara e tossir no cotovelo para proteger as pessoas ao redor.

Para quem está doente, a agência aconselha a ficar longe dos protestos. A OMS voltou a pedir aos países que ajudem a encontrar, isolar, testar e cuidar de quem se contamina com o vírus garantindo a quarentena para quem precisa.

Recorde

Somente em um dia, nesse domingo, houve 136 mil novos casos de Covid-19, um número recorde de notificações. A OMS citou ainda o remanejamento de agentes de saúde destacados de campanhas de imunização contra a poliomielite para lutar contra a Covid-19.

Tedros citou programas e ferramentas digitais para enfrentar a pandemia. Uma das preocupações da OMS é com a questão da privacidade dos pacientes e de falsos diagnósticos. 

Para o diretor-geral, os recursos digitais não substituem a capacidade humana necessária para o rastreamento de contatos.

Equipamentos e cursos

Nesta terça-feira, a OMS deverá iniciar discussões online sobre rastreamento sobre experiências e inovações nessa área. A agência colocou à disposição em sua página na internet, vários recursos sobre o enfrentamento da Covid-19 em todas as línguas oficiais. Cursos para profissionais de saúde também existem em português.

A OMS informou que continua despachando material de proteção e assistência para vários países.

Até o momento, foram enviados mais de 5 milhões de itens de proteção e equipamento para 110 países. Outros 129 milhões devem ser mandados a 126 nações, mas ainda não há data definida.

Fonte: ONU News.

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