Libertadores: Com gol solitário de Love, Flamengo vence, mas Ronaldinho sai vaiado

Libertadores: Com gol solitário de Love, Flamengo vence, mas Ronaldinho sai vaiado

Foi com o coração de Renato Abreu em mente que os jogadores rubro-negros entraram em campo para enfrentar o Emelec (Equador), nesta quinta-feira(8), no Engenhão, pela Copa Libertadores, com camisas em homenagem ao meia, afastado por problemas cardíacos. A vitória magra por 1 a 0, contra um time com um jogador a menos durante 45 minutos, também refletiu tal estado de espírito.

Muita dedicação, pouca qualidade técnica e muito, mas muito nervosismo dentro de campo e nas arquibancadas. A massa rubro-negra dedicou o segundo tempo a vaiar metade da equipe, com especial atenção a Ronaldinho Gaúcho, hostilizado com xingamentos. O técnico Joel Santana também mereceu apupos, por ter escalado um time com três zagueiros e sacado Deivid do ataque.

Nem mesmo o fato de o triunfo ter levado o Flamengo à liderança do Grupo 2, com 4 pontos, um mais que os equatorianos e o Olímpia, próximo adversário, no dia 15, no mesmo Engenhão, apaziguou o ânimo exaltado das arquibancadas. "Jogamos bem. Acho que essas vaias são injustas", disse David Braz. "Hoje (quinta) foi um jogo de um gol só, mas o importante foram os três pontos", destacou Vágner Love, o herói de uma noite sofrida, com o seu quinto gol em seis jogos pelo clube, em lampejo de Ronaldinho Gaúcho.

Momentos de tensão

A realidade é que os jogadores brasileiros entraram em campo com o coração na boca. Podia-se sentir a tensão no ar. O esquema com três zagueiros tinha pouco efeito prático. Ficou ainda pior quando Leonardo Moura saiu aos 28 minutos com lesão na coxa direita. O inofensivo Negueba entrou em seu lugar, sob os gritos de burro para Joel Santana.

No desfigurado meio de campo, a jovem dupla Muralha, 19 anos, e Luiz Antônio, de 20, se destacou. Foram dois leões e mostraram frieza de veteranos. Apagado, a moral de Ronaldinho Gaúcho está tão em baixa com a torcida que quando houve uma falta próxima a área, o coro foi por Bottinelli. O craque brasileiro cobrou com perigo.

Único desenvolvimento positivo para o time da casa foi a expulsão de Pavon no fim da primeira etapa, por cotovelada em Welinton. Joel Santana, então, sacou o zagueiro Welinton e lançou Deivid.

Bastou as estrelas reluzirem ao menos uma vez. Vágner Love para Ronaldinho Gaúcho, para Vágner Love, para as redes, aos três minutos. Bela jogada. Apesar da assistência, os torcedores seguiam na bronca com o meia. Quando o craque tentou um passe com o ombro e outro com o calcanhar e errou, vaias e xingamentos para o camisa 10. Uma pequena parte das arquibancadas tentava contra-atacar com incentivo.

 O jogo seguia assim, nervoso, tenso e com nenhuma margem para erro. E um deles poderia ter sido fatal. Aos 44 minutos, Bottinelli arriscou de longe, o goleiro Dreer espalmou e Negueba perdeu lance impossível. Menos mal que o adversário, com 10 homens e de menor categoria, não apresentou necessária vontade de buscar o empate.

 

Agência Futebol Interior

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