Após cerca de uma semana de tratamento contra um câncer de laringe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou, no final da tarde deste sábado (5), a bomba de infusão que injetava medicação diretamente em sua corrente sanguínea. Com isso, foi concluída a primeira etapa da quimioterapia a que o ex-presidente foi submetido - iniciada no hospital, na última terça-feira (1) e mantida em sua casa em São Bernardo do Campo,no ABC paulista, durante a semana.
A retirada da bolsa foi realizada pelos médicos do Hospital Sírio-Libanês na casa de Lula, mas o ex-presidente terá de repetir o procedimento a cada 21 dias até janeiro. A expectativa é de que ele retorne ao hospital daqui a duas semanas, mas Lula já manifestou a amigos a intenção de voltar a trabalhar em seu instituto na semana que vem.
Segundo os médicos, Lula reagiu bem à quimioterapia, e poderá levar uma "vida normal" durante o tratamento. O ex-presidente não sofreu náuseas e enjoos, efeitos colaterais comuns do tratamento. Depois de janeiro, ele deve iniciar a radioterapia. Por enquanto, não está prevista nenhuma cirurgia.
De acordo com a assessoria de Lula, apesar da conclusão desta etapa do tratamento, o ex-presidente deve continuar descansando em sua casa durante o fim de semana, e não há previsão para que receba muitas visitas.
A doença foi descoberta no fim de semana passado, após o ex-presidente se submeter a uma bateria de exames. Ele vinha reclamando de rouquidão e dor na garganta. Antes de iniciar o tratamento, Lula divulgou um vídeo, gravado ainda no hospital, em que confirmava o que os médicos já haviam dito aos jornalistas: que está otimista em relação à sua cura. Ao lado da mulher, Marisa Letícia, ele agradeceu o “carinho e a solidariedade” da população e se disse bem disposto para enfrentar a quimioterapia.
R7
