Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, nesta terça-feira (13), que o Brasil não pode deixar o real flutuar livremente no instante em que temos vários recursos disponíveis nos mercados, o mesmo momento em que alguns países se esforçam para baratear suas exportações, desvalorizando suas moedas, o que ele costuma chamar de “guerra cambial”.
Além do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) ter aumentado para empréstimos de até cinco anos do exterior de empresas e bancos brasileiros, o governo também tem comprado dólares à vista no mercado, por meio do Banco Central, para evitar uma queda maior da cotação do dólar, fator que torna as compras do exterior mais baratas e encarece as exportações brasileiras. O ingresso de divisas pela conta comercial também foi, recentemente, dificultada pelo Banco Central.
Segundo Mantega, as medidas tomadas nos últimos meses e anos, pelo governo federal, são eficazes: - "Se não estivéssemos comprando dólares nos últimos anos, já estaríamos com câmbio em R$ 1,40 ou até menos. Com isso, toda indústria brasileira já estaria quebrada". Ele explicou que o índice de exportação não conseguiria competir com o crescimento das importações, mas acredita que novas medidas ainda precisarão ser tomadas, já que essas são insuficientes para o fortalecimento da indústria.
