Cinco dias depois do mais fulminante processo de queda política da história recente de Brasília, que o levou à demissão após denúncias de assédio sexual e moral, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães revela aspectos de sua defesa e manifesta forte indignação quanto ao que chama de “massacre insano e inquisitorial”. Em artigo publicado em jornal de grande circulação, o ex-executivo e amigo próximo do presidente Bolsonaro (PL) declara que deseja “a mais profunda devassa a que uma pessoa pode ser submetida”.
Ao exigir provas das acusações feitas contra ele por servidoras – que o denunciaram ao MPT (Ministério Público do Trabalho) por comportamento verbal abusivo, toques íntimos não autorizados, insinuação sexual e assédio moral, Guimarães declara que vai solicitar a hotéis onde se hospedou durante viagens a trabalho e à própria CEF imagens de circuitos internos de segurança para comprovar sua inocência. “Será que um assediador serial pediria ou permitiria a divulgação de conteúdos como esse? Claro que não”, escreve.