Uma paralisação de rodoviários afetou o transporte público em São Luís e na Região Metropolitana nas primeiras horas da madrugada de sexta-feira (14), com a mobilização começando por volta das 3h em frente à garagem da empresa Expresso Rei de França.
Os trabalhadores, incluindo funcionários da ativa e ex-empregados, protestam contra o atraso no pagamento de salários, benefícios e, principalmente, das verbas rescisórias de funcionários demitidos.
O Sindicato das Empresas de Transporte (SET) emitiu uma nota confirmando os problemas financeiros e responsabilizando a gestão municipal pelo cenário. O SET informou que a Prefeitura de São Luís teria interrompido o repasse do subsídio de R$ 7 milhões desde o início do mês – valor que, segundo as empresas, é utilizado para o custeio da folha de pagamento.
A empresa, por sua vez, teria tentado negociar com os motoristas e cobradores da ativa, propondo que voltassem ao trabalho mesmo sem o pagamento dos salários atrasados – que, segundo o Sindicato dos Rodoviários, chegam a dois meses, além de vale-alimentação e plano de saúde.
Risco de Novas Paralisações no Sistema
A paralisação na Expresso Rei de França afetou linhas que partem da região do Cohatrac em direção a áreas centrais de São Luís, como São Francisco, Rodoviária e João Paulo.
O Sindicato dos Rodoviários (STTREMA) alertou que outras empresas de transporte que apresentarem descumprimento da convenção coletiva e atrasos nos pagamentos serão alvo de novas paralisações.
Questionada pela TV Cidade sobre a interrupção do repasse do subsídio de R$ 7 milhões, a Prefeitura de São Luís não forneceu informações ou esclarecimentos, limitando-se a responder que assuntos trabalhistas são de responsabilidade do Sindicato das Empresas de Transporte.
Mais informações na reportagem de Artur Oliveira, para a TV Cidade | RECORD.
Assista abaixo:
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Subsídio de ônibus depende de 100% da frota nas ruas de São Luís
Em resposta à crise no transporte público e à paralisação na garagem da Expresso Rei de França, o Prefeito de São Luís, Eduardo Braide, se manifestou por meio de redes sociais na noite de sexta (14), abordando a polêmica do subsídio. O prefeito rebateu as empresas de transporte, que, por meio do SET, alegam ter tido o subsídio interrompido. Segundo o gestor, o problema está na redução da frota que tem circulado na cidade.
"Nos últimos dias, vocês têm reclamado que o número de ônibus nas ruas diminuiu. Isso é porque os empresários só estão rodando com 80% da frota. E mesmo rodando só com 80% da frota, eles querem receber 100% do valor do subsídio," declarou o prefeito.
O chefe do Executivo municipal foi enfático ao afirmar que a prefeitura não aceitará a cobrança integral do subsídio sem o cumprimento total do serviço.
"Se eles quiserem receber 100% do subsídio, terão que rodar com 100% da frota."
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