Na manhã desta quinta-feira (20), aconteceu a segunda audiência de instrução do processo contra o soldado da Polícia Militar do Maranhão, Carlos Eduardo Nunes Pereira, 31 anos. Ele é suspeito de feminicídio contra a ex-companheira, Bruna Lícia Fonseca Pereira, e de homicídio contra José Willian dos Santos Silva.
A audiência foi marcada para ouvir as testemunhas da defesa e Carlos Eduardo, que está preso no Quartel da Polícia Militar desde 25 de janeiro, dia do crime.
A primeira audiência ocorreu no último dia 15 de julho e foi presidida pelo juiz titular da 4ª Vara do Tribunal do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior. Atuaram na acusação o promotor de Justiça Samaroni Maia, assistido pelos advogados Paulo Henrique dos Santos Ferreira e Olívia Castro Santos. A defesa ficou sob a responsabilidade do advogado Adriano Wagner Araújo Cunha, Clauber Augusto Costa Pereira e Aldair Nunes. Na audiência foram ouvidas 5 testemunhas arroladas pelo Ministério Público.
Mais informações na reportagem de Laryssa Madeira, da TV Cidade/Record TV.
Assista abaixo:
CUIDADOS DEVIDO AO NOVO CORONAVÍRUS
Para a continuidade da audiência serão adotadas várias medidas de prevenção do contágio pelo vírus, como ocorReu na audiência de julho. O local passou por sanitização, foram feitas marcações nas poltronas do salão para garantir o distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas, disponibilizado álcool em gel para uso de todos os presentes e obrigatoriedade da utilização permanente de máscaras para todos nas dependências do salão.
O local também teve controle de acesso, sendo permitida a entrada somente das testemunhas, familiares das vítimas e do acusado, servidores da 4ª Vara do Júri, promotor de Justiça, assistentes de acusação e advogado do acusado.
DENÚNCIA
O crime ocorreu no dia 25 de janeiro de 2020, por volta 13h30, no apartamento em que Bruna Lícia morava, no bairro Vicente Fialho, em São Luís. De acordo com a denúncia, no dia do crime as vítimas, que trabalhavam na mesma empresa, e um colega de trabalho haviam decidido almoçar juntos e aguardavam o almoço pedido pelo aplicativo de celular. O denunciado entrou no apartamento e com uma arma de fogo, foi diretamente ao quarto em que estavam as duas vítimas. Após atirar nos dois, ele permaneceu no interior do apartamento até a chegada da polícia, entregando a arma e sendo preso em flagrante. As vítimas morreram no local.
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O denunciado disse que estava separado de Bruna Lícia Fonseca. Ao ser reinquirido ele alegou que cometeu o delito ante uma suposta infidelidade, além de ter sido confrontado e agredido pelas vítimas. O Ministério Público aponta contradições no depoimento do acusado.
Segundo os autos, Bruna Lícia Fonseca e Carlos Eduardo Nunes haviam rompido o relacionamento recentemente e ele não aceitava o término. O denunciado havia retirado seus pertences do apartamento no dia anterior ao crime.