Ondas grandes, vento no rosto e manobras radicais

Ondas grandes, vento no rosto e manobras radicais

Você já empinou pipa em cima de uma prancha de surf? Por incrível que pareça a junção resultou em um esporte que tem se popularizado na capital maranhense.

O Kitesurf é esporte aquático radical que utiliza uma pipa presa a um cinto numa prancha com estrutura de suporte para os pés. O praticante controla o a pipa e esta é impulsionada pelo vento, dando ao ketisurfista a escolha do trajeto sobre a água, realizando saltos incríveis.

Existem hoje em São Luís três escolas habilitadas a ensinar o esporte, uma na Praia de São Marcos, outra na Praia do Meio e a terceira na Praia do Olho D'Água, esta por sinal funciona a cerca de 10 anos e possui em média 70 alunos.

Segundo o instrutor de kite na praia do Olho D'Água, Evandro Brandão, a aceitação pelo esporte surgiu da facilidade de manuseio dos equipamentos. “Já estamos fazendo esse trabalho há 10 anos. Durante 20 anos fui velejador de mindsurf quando surgiu o kitesurf e todos resolveram aderir devido a facilidade de manuseio dos equipamentos”, comentou.

Quem inicia no esporte não vai para água de imediato. Tudo começa na areia com uma pipa de um metro. Nesse estagio é fundamental que a pessoa aprenda a controlar os aparelhos. Depois que ele conquista domínio dessa metragem as pipas vão aumentando para 10, 12 podendo chegar até 20 metros, dependendo do peso da pessoa. São três tipos de prancha para executar modalidades especificas: a grande para ondas maiores, a prancha para velejar e a prancha para fazer manobras que é menor e mais leve de todas.

Geralmente os praticantes são oriundos de outros esportes radicais. É o caso de Pedro Henrique (18), há três meses ele começou a treinar o kitesurf. Segundo o aprendiz, a busca pela adrenalina e a velocidade foi o que o motivou. “A adrenalina de estar no mar é muito boa, é sensacional, principalmente quando a gente aprende a fazer manobras radicais”, disse o rapaz.

A aquisição do equipamento custa em torno de R$ 6 mil. Por ser um esporte radical, o cuidado com a segurança é muito importante para quem deseja embarcar nessa aventura. Os instrutores afirmam que nas oito primeiras aulas o aluno fica preso ao educador, mesmo os dois estando sobre a prancha.

 

Reportagem: Carlos Santiago
Imagens: Herinque Benjor
Adaptação: Marcos Atahualpa Cartágenes 

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