A Orquestra Jovem Vale Música, formada por jovens paraenses, conhecidos por fornecerem um sotaque amazônico à musica clássica, partem para a sua segunda turnê nacional pelo projeto Sons da Amazônia II, uma iniciativa patrocinada pela Vale, dentro da sua política de valorização e fomento da diversidade cultural por meio da música. Este ano, as apresentações vão privilegiar o cenário nordestino, com concertos em São Luis, Fortaleza e Recife.
Na terça-feira, 1º de maio, São Luis abre a turnê, com concerto no Teatro Arthur Azevedo, às 19 horas. A entrada para o concerto é gratuita. Não haverá distribuição de ingressos, por isso, recomenda-se que os interessados cheguem com antecedência ao teatro, pois a entrada estará limitada à capacidade de lotação do espaço.
No programa musical dos concertos, os jovens músicos vão executar peças de Mozart, Beethoven e Tchaikovsky, sob a regência principal do maestro Miguel Campos Neto.
A orquestra, fundada em 2010, é formada por 67 alunos do programa Vale Música, que beneficia no Pará um total de 300 alunos da rede pública de ensino da Grande Belém, dando a eles uma oportunidade de profissionalização através do ensino da música. Até fazerem parte da orquestra, considerado o último estagio do Vale Música, os alunos passam por diferentes etapas do programa, que inicia na musicalização, passando pelo canto coral e formação de bandas.
A Orquestra Jovem Vale Música já acumula grande experiência nos palcos, com apresentações nas principais salas de Belém, capital e do interior, além de turnê pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, além de Minas Gerais e o Distrito Federal, onde apresentaram a a ópera infanto juvenil "O Viajante das Lendas Amazônicas".
O Sons da Amazônia é um projeto que tem o objetivo de promover concertos didáticos da Orquestra, num convênio firmado entre a Fundação Amazônica de Música e a Musikart Produções Culturais, sob patrocínio da Vale e do Ministério da Cultura, que acontece pelo segundo ano consecutivo.
Vale Música
O Vale Música se iniciou em 2000 na Grande Vitória (ES), em parceria com a Phylarmonia Arte e Cultura. Quatro anos depois, em 2004, foi implantado em começou em Belém em parceria com a Fundação Amazônica de Música. Em 2006, chegou ao município de Corumbá (MS), junto com o Instituto Homem Pantaneiro. Hoje mais de 800 jovens, entre sete e 21 anos, são beneficiadas pelo projeto. No Pará, os alunos são residentes da Região Metropolitana dos municípios vizinhos da capital Belém, como Ananindeua, Benevides e Marituba.
Além de encontrar talentos escondidos, o Vale Música tem o objetivo de formar cidadãos, como explica Glória Caputo, coordenadora da Fundação Amazônica de Música: "Quando aprendem música, eles aprendem a trabalhar em grupo, a respeitar o colega e levam para toda a vida essas lições. E no meio desse projeto, ainda descobrimos grandes talentos, dos quais nos orgulhamos muito."
A Orquestra também vem desenvolvendo o intercâmbio com instrumentistas e regentes internacionais, entre os quais: David Spencer (EUA), Walter Michael Volhardt (Alemanha), Jooyong Ahn (Coreia do Sul), Ricardo Cabrera (Colômbia), Brian Lewis (EUA), Yerko Tabilo (Chile), Alexander Shityakov (Rússia), Evgueny Pustovalov (Rússia), Emmanuele Baldini (Itália).