Quase 300 mil pessoas já foram atendidas nas UPAs de São Luís

Quase 300 mil pessoas já foram atendidas nas UPAs de São Luís

Desde que foram instaladas na Ilha de São Luís, as cinco Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) mantidas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com o Governo Federal têm recebido um número cada vez maior de usuários. A qualidade do atendimento e a resolutividade dos serviços têm atraído milhares de pessoas a cada mês. Só de janeiro a abril deste ano, foram 221.641 pacientes que receberam assistência de urgência e emergência nessas unidades.

Usuários de baixa renda ou de classes economicamente mais favorecidas, todos recebem o mesmo atendimento nas UPAs, que têm obtido a aprovação das milhares de pessoas que são assistidas diariamente. Nelas são recebidos desde casos mais simples, como febre e diarréia, até os mais graves, como os pacientes acometidos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou infartos, que dali são encaminhados para um dos hospitais de alta complexidade da rede estadual para dar continuidade ao seu tratamento.

Outra explicação para o aumento da demanda nas UPAs é a insatisfação cada vez maior de usuários de planos de saúde em São Luís que reclamam da qualidade e da demora nos serviços prestados nos hospitais particulares. Há também quem não encontre um bom atendimento nas unidades de pronto atendimento vinculadas ao município e que, por isto, têm buscado outras alternativas no Sistema Único de Saúde.

“A população tem comprovado que temos compromisso com a saúde, e por isso estamos oferecendo atendimento humanizado e de qualidade em todas as nossas unidades”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Ricardo Murad, ao analisar o crescimento da demanda nas UPAs.

Para se ter uma ideia do crescimento do número de pacientes nessas unidades, somente na UPA do Parque Vitória os atendimentos em clínica médica, pediatria e serviço social subiram de 7.455 em janeiro para 10.401 em abril. “Acreditamos que este aumento se deu muito em função dos bons comentários que se faz sobre a rapidez no atendimento e a qualidade dos serviços prestados nas UPAs e que tem chamado a atenção de todos os segmentos da população”, opina a diretora da UPA do Parque Vitória, Quitéria Farias.

Naquela unidade de saúde foram atendidos, em janeiro, 7.455 pacientes na clínica médica e em pediatria, número que em abril aumentou para 10.401 pessoas. Só a assistência pediátrica, no mesmo período, subiu de 1.588 para 2.960 crianças atendidas. “O fechamento de alguns pronto-atendimentos pediátricos em São Luís, por problemas com planos de saúde, acabou gerando o crescimento da demanda nesta especialidade”, atesta Quitéria Farias.

Planos
Um fenômeno inusitado e que pode ser facilmente constatado nas salas de espera de todas as UPAs é a opção de usuários de planos de saúde pelos novos serviços públicos. “Hoje recebemos muitos pacientes que pagam por assistência privada, mas, por saberem que terão um atendimento mais rápido e eficiente nas UPAs, estão optando por nos procurar”, diz o diretor da UPA do Vinhais, Rodrigo Fernandes.

Um exemplo é o da dona de casa Ana Paula Barros Lima, que na UPA recebeu atendimento para a filha de apenas um ano e dois meses. “Minha filha tem plano de saúde, mas por causa da superlotação de alguns hospitais particulares, resolvi trazê-la para a UPA, pois me disseram que aqui seríamos bem atendidas e realmente fomos. Estou satisfeita com o tratamento dado à minha filha aqui”, relatou.

Ana Paula Lima conta que foi a própria pediatra que assiste a filha quem a orientou a buscar atendimento na UPA. “Liguei para a médica dizendo que minha filha estava doente e ela me aconselhou a trazê-la para cá”, ressalta. “Além disto, já havia recebido a mesma recomendação do meu irmão”, acrescentou.

Capacidade
Na UPA do Vinhais, cuja capacidade de atendimento é de 150 pacientes por dia, os números mostram um aumento de 100% na demanda. “Mesmo assim não perdemos de foco a qualidade na prestação de serviço aos nossos usuários”, destaca Rodrigo Fernandes.

A mesma situação pode ser verificada na UPA do Araçagi. Foram 8.620 atendimentos nas especialidades clínica médica, odontologia, ortopedia e pediatria em janeiro deste ano. Em abril, a quantidade de pessoas atendidas saltou para 11.702. “Levei meu filho primeiro à UPA do Parque Vitória e lá me orientaram a vir para a do Araçagi, pois ele torceu o pé e aqui poderá ser atendido por um ortopedista”, disse Camila de Jesus Machado, que estava com o filho de dois anos de idade.

A dona de casa disse não ser a primeira vez que necessita de atendimento e busca as UPAs. “Antes eu ai para o Socorrinho, mas lá sempre falta alguma coisa. Quando consigo a consulta não tem remédio e vice-versa”, revela.

A primeira UPA inaugurada em São Luís, a do Itaqui Bacanga, tem registrado números que mostram a aumento da demanda também naquela área. Em janeiro deste ano foram 8.639 atendimentos em clínica médica e pediatria, enquanto que em abril foram 11.614 pacientes atendidos.

Acompanhando a filha que está grávida de dois meses, Maria José Pacheco aprovou o atendimento que recebeu. “Meu marido já veio uma vez e gostou muito do atendimento. Hoje pudemos constatar que realmente funciona, pois minha filha, logo ao chegar, foi atendida pelo médico e agora está recebendo medicação”, disse ela.

A demanda na Cidade Operária também está em ascensão. Nos quatro primeiros meses de 2012 houve um aumento de 5.932 atendimentos entre janeiro e abril. No primeiro mês do ano foram atendidas, em clínica médica e pediatra, 17.198 pessoas. Já em abril foram 23.130 casos nas mesmas áreas, uma média superior a 600 pacientes por dia. “Hoje as UPAs são referência. Temos o respeito da comunidade e nossa meta é melhorar cada vez mais não só atendimento, mas principalmente o acolhimento”, diz a diretora unidade da Cidade Operária, Simone Costa.

O aposentado Rosalino Faria da Silva, de 76 anos, é uma dessas pessoas que contribuem para o aumento no número de pacientes atendidos nas UPAs. “Depois que abriram estes hospitais melhorou muito para a gente que precisa do SUS. Eu mesmo sempre que estou com pressão alta ou sinto alguma coisa, corro para a UPA”, ressalta.

Interior
Além das UPAs da capital, foram inauguradas outras nas cidades de Coroatá, Imperatriz, Timon, Codó e São João dos Patos. Para manter cada uma delas, o Governo do Maranhão gasta, em média, R$ 1 milhão por mês, recebendo uma contrapartida federal de R$ 300 mil mensais.

As UPAs instaladas no interior têm os mesmos padrões técnicos e de atendimento, funcionando em regime de 24 horas, inclusive nos fins de semana. Têm modernos equipamentos e estruturas de complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde e as portas de urgência hospitalares, com acolhimento e classificação de risco, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às

Urgências.
Nas UPAs os pacientes são estabilizados e, dependendo da situação, são encaminhados para casa ou para uma das unidades estaduais de referência – o Hospital Estadual de Alta Complexidade Carlos Macieira e o Hospital Tarquínio Lopes Filho - até a completa resolução dos seus problemas. Além das consultas são oferecidos também exames laboratoriais e eletrocardiograma.

Ascom SES

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