Sétima edição do Cidade do Reggae leva mais de 10 mil pessoas ao delírio

Sétima edição do Cidade do Reggae leva mais de 10 mil pessoas ao delírio

A noite deste último sábado (29) foi eletrizante para os regueiros de plantão na 7° edição do Cidade do Reggae (CR). O evento, organizado e idealizado pelo Grupo Cidade de Comunicação, levou mais de 10 mil pessoas à Passarela do Samba no Anel Viário, oferecendo ao público atrações locais e internacionais, além de tendas com o melhor do reggae-roots e radiolas até o sol nascer. Quem esteve por lá com certeza vai ter para sempre o festival como um dos melhores, já que o evento é atualmente considerado como o maior do mundo no segmento reggae.

Cumprindo o cronograma da programação, os portões do CR foram abertos às 20h. Para começar a esquentar o peito e os pés da massa regueira, a radiola de som Naty Naifsom fez sua participação empolgando a todos. No camarote especial, o clima já começava a ferver. Casais apaixonados davam seus primeiros passos para entrar no gingado tipicamente maranhense de dançar reggae.

Para não deixar ninguém de fora do maior evento de reggae do mundo, a Rádio Cidade transmitiu em tempo real tudo que acontecia no CR, com flashs ao vivo e entrevistas.

 Os shows

Às 23h subiu ao palco o cantor, compositor e produtor, Simon Brown. O artista fez uma apresentação de tirar o fôlego do público e animou mais ainda quando hasteou a bandeira da Jamaica com o filho ao lado, dançando e coreografando durante todo o show. Simon é da Guiana Inglesa, mas radicou-se no Maranhão onde já vive a quase 10 anos fazendo sua carreira. Hoje, ele possui um estúdio chamado "Ponto Xis Record" na capital, onde produz o melhor do reggae eletrônico.

O regueiro subiu ao palco acompanhado pela banda maranhense Capital Roots, que por sinal, também tocou ao lado de todas as demais atrações da noite passada. A banda possui oito anos de estrada e com quatro CDs gravados, vem se destacando no cenário do reggae nacional e até internacional participando de grandes festivais pelo Brasil, como o "Maranhão Roots Reggae", "Cidade do Reggae", "Sunsplash Reggae Festival".

Já o cantor maranhense Ronnie Green, embalou sucessos como “Jah Jah” e “Melô do Prisioneiro” (de autoria do argentino Dread Mar-I, que tem sido bastante aceito pelos amantes do reggae na capital). De acordo com Ronnie, eventos como o Cidade do Reggae só reforçam a cultura rastafári em São Luís. “O meu sentimento é que produções como essa estejam sempre sendo realizadas, pois valoriza o estilo reggae como também o artista que faz isso tudo acontecer. Para mim foi um prazer participar de mais essa edição do evento e espero que outros convites possam surgir”, completou.

Já era madrugada quando cantor jamaicano Eric Donaldson assumiu os microfones. Ele levou o público ao delírio com grandes sucessos como “Cinderella” e “Rock Road”, fazendo com que todos cantassem em coro as suas letras. Donaldson é um dos mais pedidos da massa regueira no Maranhão. Ele já ganhou o prêmio "The Jamaican Festival Song Competition" seis vezes (nos anos de 1971, 1977, 1978, 1984, 1993 e 1997).E foi com a música "Cherry Oh Baby" em 1971 que o artista ganhou sucesso.

O show do jamaicano Derrick Morgan, em sua primeira e exclusiva apresentação no Brasil, ficou na lembrança das mais de 10 mil pessoas presentes no CR. Com um repertório recheado, Morgan não deixou por menos e não permitiu que a sua limitação física (a visão) o impedisse de fazer um show para ficar na história. Hinos como “Horse Race” e “Rasta Don’t Fear”, fizeram Derrick interagir com a plateia, que ainda arriscou palavras e frases em português. O músico já trabalhou com Desmond Dekker, Bob Marley e Jimmy Cliff no gênero do ska e também executou o reggae rocksteady e o skinhead reggae. Morgan ainda canta em mostras do renascimento do ska (Ska Revival) ao redor do mundo.

Sem preocupação com as altas horas, o público não parava de cantar e dançar. As radiolas Estrela do Som e Irie FM continuavam esquentando a noite, mandando as melhores pedras na madrugada.

Entre os que estiveram na 7° edição do Cidade do Reggae, uma certeza: O evento é e continuará sendo a maior realização de reggae do mundo, sempre com ótimas surpresas. Que venha o próximo!

 

Redação: Marcos Atahualpa Cartágenes 

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