O deputado federal, ex-ministro e ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (SP) será o novo ministro do Esporte. Ele assume a pasta no lugar de Orlando Silva, que entregou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira (26) após série de denúncias que envolvem seu nome. Silva disse que agora vai defender sua honra.
Ao sair do Palácio da Alvorada, Aldo disse que aceitou convite feito por Dilma e agradeceu a confiança da presidente. Disse ainda que está disposto a enfrentar os desafios da pasta com Copa e Olimpíada pela frente.
- Vou procurar conduzir o ministério com os desafios que estão à frente do país e também do ministério, Copa do Mundo, Olimpíada, as tarefas relacionadas com esses eventos internacionais que vão ser sediados no Brasil.
Com a decisão, a pasta continua nas mãos do PCdoB, que, antes do anúncio, se reuniu com Dilma no Palácio da Alvorada nesta quinta-feira (27). O ministério ganhou importância no governo por conta dos investimentos que envolvem os preparativos da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Rebelo, que já foi ministro do ex-presidente Lula, chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Defesa, no lugar de Nelson Jobim, mas o cargo ficou com o petista Celso Amorim. Ele está em seu quinto mandato na Câmara.
Este ano, o deputado foi o relator do Código Florestal, uma das propostas mais polêmicas do ano. E foi criticado por apresentar um texto que anistiava desmatadores.
Ontem, quem assumiu a pasta interinamente no lugar de Silva foi o secretário executivo do ministério, Waldemar Manoel Silva de Souza.
Após o anúncio do afastamento de Orlando Silva, havia dúvidas se o ministério continuaria nas mãos do PCdoB. Renato Rabelo, no entanto, fez questão de ressaltar, em entrevista ontem, a histórica parceria entre o PCdoB e o governo Dilma.
- O PCdoB mantém grande intimidade e identidade com a Presidenta Dilma e os rumos desse governo. O partido não está no governo porque caiu de paraquedas, mas porque tem aliança desde o presidente Lula e com o PT desde 1989, participou de todas as eleições presidenciais e, evidentemente, contribuímos para a vitória de Lula em 2002, 2006 e para a da presidente Dilma em 2010.
Em nota distribuída posteriormente, o partido afirmou que foi vítima de uma “criminosa campanha difamatória”, mas destacou que segue de “cabeça erguida”. A legenda voltou a sustentar a ausência de provas contra Orlando Silva, exaltou os feitos do ex-ministro no governo e destacou que mantém a parceria com o governo petista.
- O PCdoB, com a unidade de seu coletivo militante e apoio do povo e dos aliados, reafirma seu compromisso com a luta pelo êxito do governo.
R7
