Se você gosta de video game, tome cuidado com os excessos

Se você gosta de video game, tome cuidado com os excessos

O jovem britânico Chris Staniforth (20), morreu após desenvolver um bloqueio pulmonar devido uma trombose venosa profunda, após jogar vídeo game por 12 horas seguidas. O caso, ocorrido em agosto deste ano chocou o mundo, e o pai do garoto declarou ao jornal inglês The Sun não imaginar que o video game poderia fazer mal ao filho, já que o menino estava em casa e, aparentemente, em segurança. O encantamento com o mundo dos games é perceptível na maioria das crianças, porém, quando o limite é ultrapassado, o jogo vira vício e suas consequências afetam diretamente a saúde.

A fase escolar pode ser um dos primeiros indícios de um possível vício, momento em que a criança geralmente demonstra os primeiros interesses com o mundo dos games. A criança ou o adolescente, encontra no jogo uma forma de distração, um tipo diferente de interação comparada ao mundo presencial. Por exemplo, uma criança que não tem muitos amigos desenvolve uma maior empatia com o jogo.

O papel dos pais deve ser de constante vigilância, com a obrigação de observar todo e qualquer passo da criança, conversar, conhecer os tipos de jogos utilizados pelos filhos e delimitar horários diários para os jogos. No entanto, a especialista informa que a atividade só pode ser considerada vício quando atrapalha a realização de demais funções como comer, dormir ou estudar.

Entretanto, pesquisas demonstram que o video game estimula as atividades cerebrais e trabalha a coordenação motora das crianças. Porém, pecar pelo excesso, nesses casos, é essencialmente prejudicial. Por incrível que pareça, o ato do jogo não é nocivo, e sim, suas conseqüências à saúde. Jogar ininterruptamente provoca danos ao organismo, como olho seco (a criança está tão entretida com o game que esquece até de piscar), dores nas costas e no corpo, além de prejudicar o bom funcionamento do corpo, visto que o jovem não come, não bebe água e torna-se sedentário.

Como livrar-se do vício

Assim como o hábito de jogar é adquirido, ele pode ser abandonado. Com o tratamento adequado, em poucas semanas, a criança pode se curar. No entanto, o acompanhamento deve ser intenso. De início, é preciso compreender porque o jovem está se chamando de viciado. Nas primeiras semanas, a abordagem é relacionada às suas atividades, como quantas horas de jogo por dia, os tipos, com quantas pessoas, entre outros. Nas últimas semanas do tratamento, identificam-se as razões que os levam ao jogo.

O mundo dos games está ao alcance de qualquer criança e a rotatividade desses produtos acentua o desejo desses jovens para experimentar um novo espaço virtual. No entanto, dosar a linha tênue entre o aceitável e o exagero é vital para um saudável relacionamento entre família, escola e diversão.

 

Saúde em Pauta Online

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