Seminário discute saúde pública para crianças e adolescentes em São Luís

Seminário discute saúde pública para crianças e adolescentes em São Luís

Pelos sinais e rotatórias de avenidas da capital é comum encontrarmos crianças e adolescentes em situação de rua, limpando vidros de carros e usando substâncias entorpecedoras. Esse quadro expõe bem a vulnerabilidade a qual esses menores estão sujeitos diariamente. Entretanto, de maneira lamentável essa situação é vista e coibida geralmente por meio da violência. É justamente esse o assunto discutido e debatido na terceira edição do Projeto “Repensar, Mobilizar e Articular” (REMAR), que acontece em São Luís com a participação de entidades, organizações governamentais e não governamentais de destaque no município.

Para o assessor de formação do REMAR, Patrício Barros, é necessário entender o assunto como uma questão de saúde pública e não de segurança. "O primeiro momento é destinado ao diálogo da saúde mental dentro do território de São Luís. Estamos direcionando esse momento para a programação do Dia Mundial da Saúde Mental. Dessa forma, o projeto visa conseguir trazer aos participantes o debate no que diz respeito a crianças e adolescentes usuárias do álcool e demais substâncias psicoativas”, disse.

O projeto é desenvolvido em parceria com Clube de Mães Mariana e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente de São Luís (CMDCA-SL), fazendo alusão ao Dia da Saúde Mental com a temática “Perspectivas de Atenção à Criança e ao Adolescente Usuário de Drogas”. Ainda de acordo com Patrício Barros, é importante a busca pela ampliação do território de prestação de serviço.

O encontro também contou a com participação do sociólogo e mestre em educação, Dênis Petuco, o qual destacou a necessidade de investimentos em políticas publicas nas varias áreas da assistência social.

"Hoje em dia a gente não se dá conta de que as politicas públicas precisam de outras formas de intersetorialidade. E isso pode acontecer com a educação e saúde, assistência social e politicas na área de esporte, cultura, etc. Dessa maneira, todos estarão trabalhando para ouvir acolher e desempenhar papéis que impactem e resgatem vidas", afirmou o sociólogo.

A vivência na rua geralmente acontece depois do início do uso de entorpecentes, causando a quebra do vinculo familiar, é o que afirma a secretária da criança e assistência social, Roseli Ramos. De acordo com ela, a solução está em buscar estratégias que possibilitem uma ressocialização dos menores.

"Todos os dias nos defrontamos com pessoas em situação de rua, na maioria dos casos, eles chegam onde estão devido o uso de drogas, que por sua vez fragilizam os vínculos familiares e em alguns casos leva o total rompimento deles. O nosso papel é ir atrás dessas famílias ajudando-as a superar as dificuldades existentes e atender também o usuário, a fim de que ele possa se perceber como sujeito com possibilidades”, finalizou a secretária.

Da Redação TV Cidade
Editado por: Marcos Atahualpa Cartágenes 

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