Terreno baldio no Renascença pega fogo e destrói prédio ao lado

Terreno baldio no Renascença pega fogo e destrói prédio ao lado

Um prédio localizado no bairro do Renascença foi completamente engolido pelo fogo ontem (02) por volta de uma da tarde. Nele funcionava uma empresa de equipamentos de informática, e de acordo com curiosos, o fogo teve início no terreno baldio ao lado quando as faíscas atingiram o estabelecimento. O corpo de bombeiros foi acionado que por sua vez conseguiu controlar as chamas. Mas, o problema não ficou por aí.

Segundo o Técnico em Manutenção, Ronilson Carlos Muniz, que passava pelo local no momento do acontecido, os bombeiros não perceberam que fagulhas de fogo tinham alcançado o interior do prédio. “O mato muito seco e o clima quente provocaram o incêndio. Os bombeiros vieram, mas não perceberam que as chamas já haviam se alastrado para dentro do prédio ao lado do matagal. Quando perceberam, já era tarde demais”, comenta.

Quatro carros do Corpo de Bombeiros tentaram apagar as chamas, mas não foi suficiente. Um carro-pipa de uma empresa terceirizada de limpeza pública teve de ajudar. Quando as chamas baixaram, foi hora de tentar resgatar os materiais que não foram atingidos pelo fogo, apesar do risco de desabamento do prédio.

Os funcionários tiravam o que podiam. Tudo era empilhado no outro lado da rua, entretanto o risco ainda persistia. Quatro botijões de gás estavam no segundo pavimento do estabelecimento em chamas e o fogo ainda não havia sido apagado por completo. Perigo também para a casa ao lado, onde funciona um escritório de advocacia.

“A gente ficou impedido de entrar para tentar salvar alguma coisa. Tem de tudo dentro do escritório desde processos a computadores e utensílios de trabalho, movelaria. Eu fico aqui estático apenas pedindo a deus que não aconteça o pior”, diz aflito o advogado e dono do escritório, João Teixeira. Ele finalmente conseguiu ter acesso ao interior do local quando a situação do prédio em chamas foi amenizada.

O prejuízo com o incêndio ainda não foi calculado. Porém, como o estoque estava cheio, o proprietário Erik Rodrigues informou que o valor deve ficar em torno de R$2,5 milhões. Somente uma remessa de duzentos notebooks queimados custou 200 mil reais.

O Corpo de Bombeiros teve trabalho para controlar as chamas por vários fatores: pouca água nos carros, o prédio em chamas era muito fechado (tanto que as paredes racharam com muita facilidade), além do fato de possuir muitos espaços em forma de labirinto. O risco de a estrutura estar condenada será avaliado pelos peritos, como observou o Major Bezerra. O fogo só foi controlado quatro horas depois.

Reportagem: Edilson Gomes
Imagens: João Carvalho Jr.
Adaptação: Marcos Atahualpa Cartágenes 

Compartilhe