Jailson Alves de Oliveira, uma das principais testemunhas do caso do assassinato de Eliza Samudio, e que tinha fugido do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional, o Cereps, em Belo Horizonte, foi recapturado na manhã desta quarta-feira. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) não informou as circunstâncias da fuga, mas disse que um procedimento de apuração foi aberto.
Jailson ouviu na prisão do suposto executor da modelo, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que o corpo de Eliza foi queimado e jogados aos peixes.
De acordo com a Polícia Civil, Oliveira denunciou à Justiça que escutou uma conversa do ex-policial quando estavam na mesma unidade prisional, e o Departamento de Operações Especiais (Deoesp) foi designado para apurar o caso. O suposto esquema revelado envolvia o goleiro Bruno e Luiz Henrque Romão, o Macarrão, que também são réus no caso Eliza.
Jailson estava preso após ter sido condenado a 30 anos de prisão por latrocínio, mas já havia cumprido 10. De acordo com a polícia, ele iria receber o benefício do regime semiaberto em pouco tempo. A mulher do detento, Zélia Resende, chegou a temer que algo podia ter acontecido a ele e acreditava em queima de arquivo.
Eliza Samudio está desaparecida desde junho de 2010. São acusados pelo crime o ex-goleiro Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, Bola, e Sérgio Rosa Sales.
Jornal do Brasil
