Tosse por mais de 3 semanas pode ser Tuberculose

Tosse por mais de 3 semanas pode ser Tuberculose

O dia 30 de setembro é marcado como o Dia das Pessoas com Tuberculose, mesmo com o avanço no tratamento, a doença continua sendo um sério problema de Saúde Pública, não só entre os países em desenvolvimento, mas também nos países desenvolvidos. No dia 24 de março deste ano, Dia Mundial de Luta contra à Tuberculose, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Tosse por mais de 3 semanas pode ser Tuberculose” com o intuito de alertar a população a respeito da doença.

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

Em 1993, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a tuberculose (TB) como emergência mundial, devido ao recrudescimento da doença principalmente em países desenvolvidos, permanecendo como a maior causa de morte por doença infecciosa em adultos. Segundo estimativas da OMS, um terço da população mundial, está infectada pelo vírus Mycobacterium tuberculosis em risco de desenvolver a doença.

O Brasil ocupa o 19º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. A OMS considera que o Brasil detectou 86% de seus casos novos em 2009, segundo dados do SINAN/MS, anualmente notificam-se no país aproximadamente 85 mil casos de TB sendo que, destes, 71 mil são casos novos. Morrem cerca de 4.800 pessoas ao ano.

As metas internacionais estabelecidas pela OMS e pactuadas pelo governo brasileiro são de descobrir 70% dos casos de tuberculose estimados e curá-los em 85%. A tuberculose está intimamente ligada à pobreza e à má distribuição de renda, além do estigma que implica na não adesão dos portadores e/ou familiares/contactantes.

Os sintomas

No início, alguns pacientes não apresentam indícios da doenças, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Os sintomas mais freqüentes são caracterizados pela tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração (abatimento, desanimo, enfraquecimento, esgotamento, melancolia e tristeza).

Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão), se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor toráxica.

A transmissão

A tuberculose é transmitida de pessoas a pessoa através do simples ato de falar, espirrar ou tossir. Gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, ocorrendo a contaminação. A má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença.

O tratamento

O tratamento à base de antibióticos é 100% eficaz, no entanto, não pode haver abandono. A cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo antes do tempo. Para evitar o abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados.

Como prevenir

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG, encontrada em vários postos de saúde em todo o país. A vacina contra a tuberculose é usada em seres humanos desde 1921, mas sua eficácia sempre foi questionada. Por esse motivo, cientistas estão desenvolvendo uma nova vacina mais eficaz.

Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas.

Fonte: Ministério da saúde
 

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