Você sabe como são criados os nomes dos esmaltes?

Você sabe como são criados os nomes dos esmaltes?

Todos os anos o mercado da beleza despeja centenas de cores de esmaltes, cada vidrinho é apelidado de uma maneira diferente. Cada marca tem um método, mas no geral, escolhas se baseiam em pesquisas de tendências de moda, comportamento e estilo.

Mas você já se perguntou alguma vez como são feitas as escolhas desses nomes? Alguns soam até óbvios, já outros, são bastante curiosos.

Os nomes

Ha Ha Ha, Verde Ninja, Piquenique, Esconde-Esconde, Polaina Fun, #Bjomeliga, #Ficadica, Paz e Amor, Doce Orgulho, Possessão Rosa, Santa Gula, Pura Luxúria, Pink Vigarista e Penelope Charmosa são apenas algumas das muitas tonalidades inusitadas e engraçadas criadas pelas equipes de marketing das principais marcas de esmaltes do país como a Impala, Colorama e Risqué.

Marketing

Segundo Soraia Arraes, gerente de marketing da divisão Personal Care da Mundial Impala, as escolhas dos nomes se baseiam em pesquisas de tendências de moda, comportamento e estilo. "Cada nome acompanha o conceito e o tema da coleção vigente, nomes mais simples ou mais chamativos não são descartados, mas é muito importante que seja algo lúdico e inspirador. A empresa é zelosa em todas as suas atividades, não cabendo na escolha de nomes ou temas de coleções qualquer margem de interpretação pejorativa", disse a profissional, que conta com uma equipe formada por onze mulheres, na qual todas sugerem e participam das decisões.

O processo é bem parecido com outras duas marcas. "Após análise de vários fatores, são definidos o tema e as cores que refletem o ambiente estudado. Os nomes das nuances entram na parte final do processo, após definição do tema, cores e nome da coleção. Eles têm o papel de refletir todo o universo construído para suportar o lançamento das novas cores", explicou Renata Leite, gerente de marketing da Colorama.

"Os nomes das cores são consequência da pesquisa conceitual e são desenvolvidos para a coleção ou edição que está sendo trabalhada. Conceito e produto caminham juntos para garantir um alinhamento. Esse processo criativo envolve pesquisas da história, costumes, hábitos e também das tendências de moda nacional e internacional", declarou Daniella Brilha, diretora de marketing da Risqué.

O tempo levado em média para a definição de cada nome pode variar de marca para marca. No caso da Colorama esse processo demora cerca de uma semana. Na Impala, Soraia afirma que a escolha faz parte da criação de uma coleção que leva de seis a oito meses para ficar pronta. Já na Risqué o período de desenvolvimento depende muito de cada projeto. As edições especiais levam um período maior de pesquisas, mas as coleções de moda precisam de uma velocidade maior e em curto período já são criadas.

Ambas as marcas nunca tiveram que mudar um nome por não ter tido aceitação do público, mas algo interessante já aconteceu. O esmalte Rosa Chiclete, um dos grandes hits da Colorama, teve seu nome alterado para Rosa Sucesso em comemoração ao recorde histórico de vendas do produto.

A paixão por esmaltes é tão grande que muitas mulheres costumam enviar sugestões de nomes para as empresas e todas são avaliadas com muita atenção e carinho. "Essa proximidade com nossos consumidores só enriquecem o nosso trabalho e nos deixa cada vez mais alinhados em relação aos seus desejos", disse Arraes.

Renata Leite, que exerce a profissão há dois anos, contou um fato que se repete muitas vezes e que acontece fora de seu ambiente de trabalho sobre a curiosidade destas mulheres. "Sempre que comento sobre meu trabalho recebo logo um sorriso e várias perguntas em sequência, principalmente quando vou a um salão. Gosto de fazer as unhas em salões diferentes, para perguntar as manicures e sentir a repercussão dos lançamentos de perto. Mas quando 'a minha identidade é revelada', logo viro um sac ambulante, mas a sinceridade continua!", declarou, aos risos.

 

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