Ativistas do Greenpeace se penduram em âncora durante protesto em São Luís

Ativistas do Greenpeace se penduram em âncora durante protesto em São Luís

Nesta segunda-feira (14), representantes do Greenpeace realizaram um protesto contra invasão de terras, desmatamento e trabalho escravo, na capital.

Eles subiram no navio cargueiro bahamense Clipper Hope, que realiza manobras na baía de São Marcos, para receber um carregamento de 30 mil toneladas de ferro gusa e para chegar até o cargueiro, os membros da organização utilizaram o navio Rainbow Warrior, ancorado desde o último domingo (13) na Baía de São Marcos.

Os ativistas escalaram a âncora de um navio que estava prestes para receber o carregamento que seria levado para os Estados Unidos, segurando uma bandeira onde estava escrito “Dilma, desliga a motosserra”, em alusão à campanha para que a presidente Dilma Rousseff vete as alterações no Código Florestal, aprovadas recentemente no Congresso Nacional e contra a cadeia de produção do ferro gusa.

A denúncia deixa claro que os compromissos de proteção ambiental e social da presidente Dilma, que ela quer usar como marketing na Rio+20, não têm reflexo na realidade da Amazônia. “Enquanto o governo Dilma vende a imagem de país verde e moderno às vésperas da Rio +20, esta região está virando carvão para alimentar as indústrias de ferro gusa e aço, que espalham o que há de mais arcaico e predatório pela Amazônia”, diz Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, a bordo do navio Rainbow Warrior, que está em São Luis.

Navio-símbolo do Greenpeace, o Rainbow Warrior está no Brasil para participar do lançamento da campanha da organização pelo Desmatamento Zero, que pretende recolher 1,4 milhão de assinaturas de eleitores para uma lei de iniciativa popular pelo fim do desmatamento, inspirado na mobilização pública que resultou na Lei da Ficha Limpa.

O relatório do Greenpeace é mais um elemento que põe em dúvida o comprometimento de Dilma com o meio ambiente. “Desmatamento e trabalho escravo não cabem num Brasil moderno. Se Dilma quer manter a boa reputação brasileira na defesa do meio ambiente, ela deve continuar o trabalho que Lula começou, defendendo a Amazônia e seus povos”, afirma Adario.
 

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