O Brasil é um dos países com maior potencial de produção de energia renovável do mundo, seja eólica ou solar. No entanto, a livre escolha por estas fontes mais limpas e mais baratas ainda está restrita apenas a grandes empresas que consomem mais de R$ 50 mil por mês de energia. Para mudar esta realidade, a Omega - maior geradora brasileira de energia renovável - lançou o Movimento Luz Livre, com ações na Esplanada dos Ministérios e Congresso Federal para chamar a atenção da sociedade para que todos tenham o direito de reduzir custos e ajudar no combate ao aquecimento global.
Para promover essa discussão, uma "manifestação" foi protagonizada por 70 bonecos infláveis de 3,5 metros na Esplanada dos Ministérios, ao lado do Teatro Nacional, com faixas do Movimento Luz Livre, no intuito de acelerar as discussões sobre o direito de escolha. O Brasil enfrenta uma crise hídrica e energética sem precedentes e isso demanda uma atitude de todos para uma solução viável e positiva para todos os brasileiros. O Movimento promove ainda uma petição que pode ser assinada por qualquer pessoa em prol dessa discussão no site https://www.movimentoluzlivre.
"O Brasil tem a energia mais barata e limpa do mundo, e isso tem que beneficiar a todos os brasileiros. Por que a grande indústria tem acesso à energia barata do mercado livre e a padaria do bairro não tem? Por que grandes empresas de tecnologia compram energia barata no mercado livre e o agronegócio não pode comprar? Temos tudo para mudar essa realidade e contamos com o apoio da sociedade nessa jornada", destaca Antonio Bastos, CEO da Omega Energia.
Hoje, 47% do valor pago pela energia elétrica é composto de encargos e impostos. Se o consumidor ou pequeno empresário tivesse o direito de escolha, cada megawatt-hora solar que um consumidor residencial comprar no mercado livre reduziria em 93% o custo do subsídio que ocorreria caso o mesmo consumidor instalasse painéis solares na própria residência, tendo uma energia mais barata e também 100% renovável.
Com o direito a livre escolha, o pequeno empresário que hoje é sufocado pela alta no preço de insumos e matéria-prima poderia contar ainda com alívio financeiro no custo de luz. Além disso, o agronegócio, um dos principais motores da economia nacional, poderia economizar até 20% no custo de distribuição de seus produtos e até 40% em seus encargos de energia, o que possibilitaria a ampliação de seus investimentos e diversificação de negócios.
Por isso, se o consumidor tiver o direito de escolha por energia limpa via geração centralizada, muitas famílias poderão contar com tarifas mais baratas que darão condições ainda melhores para uma plena retomada econômica.
Levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) em 56 países aponta que 62,5% já tornaram a liberdade de escolha no setor de energia elétrica um direito para todos os consumidores. A liderança do ranking está com o Japão, seguido da Alemanha, Coréia do Sul, França e Reino Unido. Apesar da abundância de recursos, o Brasil ficou em penúltimo lugar no estudo. "O Brasil pode tornar-se uma superpotência mundial na área de energia renovável. Por isso, a mobilização da sociedade é tão importante para promover mudanças que levem a esse cenário. Cada cidadão precisa ter o direito de escolher o seu próprio fornecedor de energia elétrica, da mesma forma que é possível optar pela operadora de telefonia, de internet, TV a cabo, banco, entre outros serviços", explica Bastos.