A empresa de videogames Electronic Arts (EA) anunciou que vai parar de fazer games de futebol com a marca Fifa. Essa é uma das franquias mais lucrativas da história dos videogames, mas a EA rompeu a parceria alegando que o custo da licença é alto demais.
A EA continuará a fazer videogames de futebol, mas a partir de 2023 eles estarão sob uma nova marca, chamada de EA Sports FC. A Fifa diz que planeja lançar seus próprios jogos. “O nome Fifa é o único título global original”, afirma a entidade.
David Jackson, vice-presidente da EA Sports, explicou que o estúdio avalia que é hora de seguir um rumo diferente para construir uma “marca para o futuro”.
A franquia Fifa tem tido sucesso em parte devido a acordos que permitiram representações precisas de uniformes de equipes, rostos de jogadores e estádios. Há anos, os jogadores podem jogar com times do Campeonato Brasileiro ou da Premier League inglesa, por exemplo. Já em games concorrentes, os times disponíveis são fictícios.
A EA diz que continuará a oferecer experiências do mundo real, com até 19 mil atletas, 700 equipes, cem estádios e mais de 30 ligas para jogos futuros. Isso inclui a Premier League, a Bundesliga, a La Liga e a Liga da Uefa.
No entanto, a mudança significa que os jogos lançados especialmente para a Copa do Mundo, como foi o caso de Fifa: Road to World Cup 98, não serão mais feitos pela EA. Haverá um lançamento final da Fifa, com a edição deste ano — Fifa 23 — à venda neste outono, como de costume. O EA Sports FC será lançado no final de 2023.
A Electronic Arts fechou o último acordo de licenciamento com a Fifa em 2013. Segundo reportagens da imprensa, desde então a Fifa aumentou consideravelmente o preço da licença — para mais de US$ 1 bilhão por ciclo de Copa do Mundo de quatro anos.
Em um longo comunicado em seu site, a Fifa diz que lançará novos videogames de futebol desenvolvidos com uma série de estúdios.