Greve nacional dos bancários entra no sétimo dia e negociações não avançam

Greve nacional dos bancários entra no sétimo dia e negociações não avançam

A greve dos servidores bancários, públicos e privados, em São Luís, já chega a 95% de adesão as paralisações das atividades. No interior do estado, o movimento tem 70% de apoio. No entanto, números quanto a suspenção das atividades ainda não foram divulgados.

Em algumas partes do estado já existem reclamações quanto a falta de cédulas disponíveis para saque. O presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Maranhão, José Maria Nascimento, afirma que esse fato não tem ligação com a greve no atendimento da rede.

“Pode ser que pontualmente tenhamos alguns caixas eletrônicos desabastecidos. Contudo, alguns funcionários permanecem nas agências, a exemplo dos gerentes gerais e tesoureiros, que poderão e devem reabastecer os caixas eletrônicos”, disse.

A greve que completa sete dias não tem previsão para o término. Entre as solicitações, os bancários exigem reajuste do salarial de 26%, ampliação do horário de atendimento ao público que seria de 09horas ate às 17 horas e a contratação de novos funcionários.

“Os bancários esperam que a proposta possa ser atendida já que o patamar de 8%, oferecido no dia 23 de setembro, foi rejeitado pela categoria em nível nacional. Estamos todos aguardando que a mesa de negociação seja reestabelecida”, conclui o presidente do órgão sindical.

 

Correios

Outra greve que se estende há mais de 15 dias é a dos correios, deve ser decidida hoje em reunião marcada para as 13h. A audiência de conciliação entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e os trabalhadores será presidida pela ministra Maria Cristina Peduzzi, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Essa afeta diretamente a distribuição de encomendas e correspondências. No entanto, como correspondente bancário, os correios estão efetuando o pagamento de contas compensando a greve dos bancos.

O aposentado Carlos Augusto Melo (68) fala que por causa da greve dos correios a sua carteira de habilitação ainda não chegou, mas que pelo menos está conseguindo pagar as contas. “É um transtorno pra gente. Eu tenho o costume de fazer as minhas transações e pagamentos em quiches eletrônicos, porém, tive de recorrer aos caixas de atendimento dos correios. Eu entendo que todos precisam fazer suas reivindicações e cabe a nós respeitar essas decisões, mas os grevistas precisam entender o nosso lado também”, salientou.

O funcionário público Luís Arouche (52) teve de enfrentar as extensas filas e agências lotadas. “A fila aqui tá ruim, com os bancos paralisados fica tudo mais difícil”.

Com a paralisação nas entregas, estima-se que 120 milhões de objetos estejam parados nas centrais de distribuição em todo o país.

Fonte: Da Redação Tv Cidade 

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