Estamos presenciando uma verdadeira guerra do streaming, que fica cada vez mais acirrada, já que as plataformas da Disney e da Apple estão quase chegando. De acordo com Laura Martin, uma analista sênior de mídia, em entrevista ao Business Insider, a estratégia da Netflix para combater a concorrência é a criação de um plano mais barato, só que sustentado por anúncios.
Isso porque a Apple e a Disney estão mudando a realidade econômica da indústria de streaming de vídeo nos EUA, já que as duas empresas vão lançar plataformas de vídeo por assinatura com ofertas que efetivamente tornam seus serviços muito baratos para usuários que compram ou assinam outros produtos. Não podemos também esquecer do Prime Video, da Amazon, que também é um rival à altura.
"A Netflix não pode sustentar apenas um preço de US$ 13 (R$ 54) ou US$ 10 (R$ 41). Eles devem ter uma opção mais barata, ou as pessoas se desconectarão", diz a analista. Ela acrescenta que a Netflix precisará introduzir um serviço de US$ 6 (R$ 25) por mês, com suporte de publicidade para competir. Segundo o Business Insider, a Apple está oferecendo gratuitamente seu serviço Apple TV+ por um ano para qualquer pessoa que comprar um iPhone, iPad, Apple TV, iPod touch ou Mac nos próximos meses.
A Disney está montando pacotes com seus outros serviços de streaming, como ESPN Plus e a versão do Hulu suportada por anúncios, por US$ 13 mensais. Laura Martin diz que não ficaria surpresa ao ver a Disney oferecer alguns meses de serviço gratuitamente aos frequentadores de parques temáticos, por exemplo. A analista conclui que a Netflix precisará de publicidade para compensar o custo do plano mais barato e continuará investindo de maneira pesada em conteúdo, porque não possui outro fluxo de receita significativo além das taxas dos assinantes.
A Netflix já começou a experimentar planos de menor custo fora dos EUA. Na Índia, por exemplo, a plataforma de streaming lançou uma versão que funciona apenas para dispositivos móveis, que custa aproximadamente metade do preço da assinatura padrão.
Canaltech; Business Insider.