Em pronunciamento, Bolsonaro recomenda evitar aglomeração, incluindo manifestações

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Foto: Brasil.gov.br.

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão na noite dessa quinta-feira. No discurso, Bolsonaro destacou medidas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus e sugeriu que as pessoas evitem aglomerações, incluindo manifestações de rua.

"Diante do avanço do coronvaírus em muitos países, a Organização Mundial de Saúde, de forma responsável, classificou a situação atual como pandemia. O sistema de saúde brasileiro, como os demais países, tem um limite de pacientes que podem ser atendidos. O governo está atento para manter a evolução do quadro sob controle. É provável, inclusive, que o número de infectados aumente nos próximos dias. Sem, no entanto, ser motivo de qualquer pânico. Há preocupação maior, por motivos óbvios, com os idosos. Há também a recomendação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares".

Minutos antes do pronunciamento, os organizadores da manifestação marcada para o próximo domingo tinham divulgado uma nota à militância. No comunicado, confirmavam a suspensão dos atos públicos. Os organizadores de um outro protesto, marcado para a próxima quarta-feira, dia 18, ainda não se pronunciaram.

Na transmissão que faz ao vivo pelas redes sociais toda quinta-feira, Jair Bolsonaro estava acompanhado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Os dois e a intérprete de Libras usavam máscaras. O presidente explicou o motivo da proteção.

"Estou usando máscara porque nessa recente viagem aos Estados Unidos uma das pessoas que veio comigo no vôo, quando desceu em São Paulo e fez os exames habituais, deu positivo para coronavírus. Então todos nós que estávamos no voo, hoje coletaram material de todos nós. Ainda não deu resultado. Tem órgão de imprensa dizendo que deu negativo. Tomara que essa fake news seja verdadeira, mas não deu ainda".

Bolsonaro também comentou a crise provocada pela queda no preço do petróleo no comércio internacional. Na semana passada, o aumento da oferta de combustível atingiu o mercado financeiro e fez disparar a cotação do dólar.

"O combustível caiu em média 30% há poucos dias, e teve uma crise no Brasil. Acho que a crise teria que haver se tivesse subido 30%. A Petrobras tem sua política atrelada ao preço internacional do petróleo. Se cai lá fora, essa é a política da Petrobras, cai aqui dentro também. Lançaram uma fake news de que o governo estaria interessado em aumentar o imposto federal, o caso da Cide, para que o preço não caísse. Não é verdade". Nesta sexta-feira, o grupo de ministros que integram o gabinete de crise do novo coronavírus tem uma reunião a partir das 10h30, coordenada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto.

Com informações da Radioagência Nacional/EBC.

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