Coronavírus: 5 perguntas e respostas sobre a pandemia

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Foto: ONU.

Na quarta-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou o status do surto de COVID-19 de epidemia para pandemia. Aqui estão cinco informações importantes sobre o que isso significa para você e sua comunidade.

1) Qual é a diferença entre uma epidemia e uma pandemia?

Antes do anúncio de quarta-feira da OMS, o surto de COVID-19 havia sido classificado pela agência de saúde da ONU como uma epidemia, o que significava que estava se espalhando para muitas pessoas e muitas comunidades ao mesmo tempo.

Rotular a propagação como pandemia indica que ela se espalhou oficialmente pelo mundo e também é um reflexo da preocupação da OMS no que chama de “níveis alarmantes de propagação, gravidade e inação”, e a expectativa de que o número de casos, mortes e países afetados continuarão a subir.

2) Devo estar agora mais preocupado com a COVID-19?

Chamar a COVID-19 de pandemia não significa que esta tenha se tornado mais mortal, é um reconhecimento de sua expansão global.

Tedros Adhananon Ghebreyesus, chefe da OMS, disse isso em uma entrevista à imprensa na quarta-feira, quando insistiu que o rótulo de pandemia não altera a avaliação da OMS sobre a ameaça representada pelo vírus: “Não muda o que a OMS está fazendo, e não muda o que os países devem fazer”.

Tedros também pediu ao mundo que não se fixe na palavra “pandemia”, mas que se concentre em cinco outras palavras ou frases, começando com “p” em inglês: prevenção, preparação, saúde pública, liderança política e pessoas.

O chefe da OMS reconheceu que a propagação do COVID-19 é a primeira pandemia causada por um coronavírus (ou seja, qualquer uma das grandes variedades de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves).

No entanto, ele também apontou que todos os países ainda podem mudar o curso dessa pandemia, que pode ser realmente controlada.

3) O que os países devem fazer?

A OMS reiterou seu apelo aos países para detectar, testar, tratar, isolar, rastrear e mobilizar seus cidadãos, para garantir que aquelas nações com apenas alguns casos possam impedir uma disseminação mais ampla em toda a comunidade.

Embora cerca de 118 mil casos tenham sido relatados, em 114 países, mais de 90% estão agrupados em apenas quatro países: China, Itália, Coreia do Sul e Irã.

Em dois desses países (China e Coreia do Sul), o número de novos casos está, nas palavras da OMS, “diminuindo significativamente”. Oitenta e um países ainda não notificaram nenhum caso COVID-19 e, em 57 países, houve apenas dez ou menos casos relatados.

No entanto, ainda existe uma preocupação considerável de que muitos países não estejam agindo com rapidez suficiente ou adotando as ações urgentes e agressivas exigidas pela agência de saúde.

Mesmo antes do anúncio da pandemia, a OMS defendia uma abordagem de todo o governo para lidar com a crise, com base no fato de que todos os setores, não apenas o setor da saúde, são afetados.

Mesmo os países em que o vírus se espalhou por toda a comunidade, ou em grandes aglomerados populacionais, ainda podem mudar a maré da pandemia, disse Tedros, acrescentando que várias nações mostraram que o vírus pode ser suprimido e controlado.

4) O que devo fazer?

Embora seja compreensível sentir-se ansioso com o surto, a OMS enfatiza o fato de que, se você não estiver em uma área onde o COVID-19 está se espalhando, ou não tiver viajado de uma área em que o vírus está se espalhando ou não estiver em contato com um paciente infectado, seu risco de infecção é baixo.

No entanto, todos temos a responsabilidade de nos proteger e de proteger os outros.

Todos devem lavar frequentemente as mãos (e lavá-las cuidadosamente, com sabão); manter pelo menos um metro de distância de qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando e evitar contato físico ao cumprimentar; evitar tocar nossos olhos, nariz e boca; cobrir a boca e o nariz com o cotovelo dobrado ou tecido descartável ao tossir ou espirrar; e ficar em casa e procurar atendimento médico dos profissionais de saúde locais caso apresente sintomas.

Embora o vírus infecte pessoas de todas as idades, há evidências de que pessoas mais velhas (60 anos ou mais) e pessoas com problemas de saúde pré-existentes (como doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crônicas e câncer) correm maior risco.

As pessoas nessas categorias estão sendo aconselhadas a tomar medidas adicionais, incluindo garantir que os visitantes lavem as mãos, limpar e desinfetar regularmente as superfícies da casa e criar um plano em preparação para um surto na comunidade.

A OMS e outras agências da ONU enfatizaram a importância da solidariedade e de evitar estigmatizar os membros da comunidade diante da pandemia. “Estamos nisso juntos”, disse Tedros na quarta-feira, pedindo a todos que “façam as coisas certas com calma e protejam os cidadãos do mundo. É factível.”

5) Onde posso obter informações confiáveis?

O melhor local para obter informações confiáveis ​​é o site da OMS, www.who.int. Lá você pode encontrar conselhos abrangentes, incluindo mais informações sobre como minimizar o risco de propagação ou infecção por COVID-19.

O site está sendo atualizado diariamente, portanto, acesse regularmente.

Também é aconselhável verificar o site oficial do seu município ou estado, que pode ter informações específicas sobre saúde, bem como notícias sobre sua comunidade, como orientações sobre viagens e pontos de surtos.

A OMS alerta que vários mitos e fraudes estão circulando online. Os criminosos têm aproveitado a disseminação do vírus para roubar dinheiro ou informações confidenciais e, segundo a OMS, se alguém for contatado por uma pessoa ou organização que afirma ser da OMS, devem ser tomadas medidas para verificar sua autenticidade.

O site da OMS inclui uma seção “destruidora de mitos”, desmistificando algumas teorias infundadas que circulam online. Por exemplo, é um mito que o tempo frio possa matar o vírus, que tomar um banho quente ou comer alho possa prevenir a infecção ou que os mosquitos possam espalhar o vírus. Não há evidências para nenhuma dessas informações.

Com informações da ONU Brasil.

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