Em São Luís, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu +3,28% no mês de novembro e chegou a 72,4 pontos, na pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
A perspectiva no consumo familiar mantém a tendência de alta iniciada no mês de maio deste ano, com melhora substancial ao longo de todo o segundo semestre.
Mesmo com o crescimento da inflação de São Luís, que subiu +1,38% em novembro e já acumula +8,10% no ano, o consumidor ludovicense mantém o estímulo para consumo nesta reta final de 2021, incentivado pelas festividades de Natal e Réveillon, puxando o indicador da ICF cada vez mais para a zona de otimismo (100 pontos).
Apesar do salto de 12,3 pontos absolutos de maio para cá, esta é a primeira vez em três meses que o crescimento na passagem mensal foi menor que do mês anterior. Uma das razões possa estar na contenção de gastos visando o período natalino, postergando parte do consumo doméstico para este mês de dezembro.
Consumo por renda
Em 2021, as famílias com renda mensal de mais de 10 salários-mínimos têm se mostrado otimistas para as compras, mantendo-se ao longo do ano no patamar da zona de satisfação e sendo o público-alvo que incentiva a escalada do índice geral da pesquisa. Ainda assim, o peso da inflação sobre suas rendas fez com que o indicador caísse -1,95% na passagem mensal, encerrando novembro com 100,4 pontos.
Por outro lado, aquelas famílias com renda mensal de até 10 salários-mínimos prosseguem na zona de pessimismo, com 70,4 pontos. Ainda assim, a alta de novembro foi +3,99% em comparação a outubro. O aumento dos custos com energia elétrica e transportes têm pressionado a expectativa de consumo deste público, o que contribui para que estas famílias subam mais lentamente no seu subindicador.
De modo geral, o cenário do consumo das famílias ludovicenses, tem melhorado nos últimos meses. Os consumidores têm declarado ter mais acesso ao crédito, melhorando seu indicador de Compras a Prazo. Mesmo com os juros subindo, o custo do crédito permanece caindo, o que não inviabiliza o crescimento do endividamento a curto prazo, conforme vem apontando a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também realizada mensalmente pela Federação.
Aquisição de bens duráveis
Apesar do pessimismo que afeta o segmento de bens de consumo duráveis no Brasil, o levantamento tem mostrado uma melhora acelerada no indicador de Momento para Duráveis em São Luís – índice que mostra se o momento é propício ou não para aquisição de mercadorias como eletrodomésticos, TV, som, automóveis etc.
Apesar de o câmbio brasileiro ter demonstrado alta volatilidade, o que impede a melhora do consumo de bens de consumo duráveis de uma forma geral, a disponibilidade de crédito vista pelo consumidor de São Luís sinaliza uma pretensa expectativa por parte das famílias em adquirir estas mercadorias no médio prazo.
Entre os meses de outubro e novembro, o indicador de Momento para Duráveis cresceu +8,39%, e encerrou novembro com 33,60 pontos. Apesar da baixa pontuação este é o melhor desempenho do índice em todo ano de 2021, intensificando as expectativas para o ano de 2022.
“Em linhas gerais é possível avaliar o cenário como positivo, independentemente das festividades de fim de ano. Mesmo que alguns indicadores se encontrem em uma zona de pessimismo, a intenção de consumo doméstico já está bem acima do início do ano e se aproximando dos patamares vistos no período de pré-pandemia”, conclui José Arteiro, presidente da Fecomércio-MA.
Informações Fecomércio