Um vídeo postado nas redes sociais na última segunda-feira (28) apontava um suposto caso de abandono de um cachorro em São Luís. Após apuração feita pela Polícia Civil, o caso se tratou de um mal-entendido, já que o cão, conhecido como Vigilante, vivia com uma idosa.
O caso repercutiu e várias opiniões e julgamentos precipitados foram feitos na internet. O vídeo viralizou, sendo compartilhado por diversos perfis e, uma grande quantidade de comentários negativos em relação ao suposto abandono começou a ser feita por outros usuários da rede contra os ocupantes do carro. Atitudes consideradas por especialistas como linchamento virtual.
Segundo o advogado criminalista Rondinele Rocha, os ataques acontecem no ambiente virtual pela falta de contato físico entre os envolvidos, o que acaba criando um ambiente que favorece ofensas, pois os agressores se sentem “protegidos” por trás das telas para emitir opiniões e comentários. A falsa ideia de que há impunidade na internet também incentiva a prática dos linchamentos virtuais, mas já existem leis que protegem as vítimas desses ataques.
O cão Vigilante ficou famoso ao aparecer em um vídeo em que supostamente foi abandonado na Avenida Daniel de La Touche, bairro Ipase, em São Luís, mas tudo não passou de um mal-entendido. A polícia ouviu as pessoas envolvidas e descobriu que o cão vivia em uma casa com uma idosa de 68 anos. Segundo ela, o cachorro era costumado a ir pra rua, mas sempre retornava para casa. Na segunda-feira, Vigilante acompanhou uma vizinha da idosa até uma parada de ônibus. Lá a mulher entrou em um carro que foi seguido pelo cachorro, o que levantou a suspeita de abandono. Após correr atrás do veículo, o animal foi atropelado próximo à alça de acesso à Via Expressa, morrendo na madrugada da terça-feira (29).
Mais informações na reportagem de Marcos Martins, para a TV Cidade/RecordTV.
Assista abaixo:
Fique ligado! O Balanço Geral Manhã, com Samya Portela, vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir de 7h05, pela TV Cidade/Record TV.
