O Governo do Estado divulgou, nesta terça-feira (17), pelas redes sociais uma palestra sobre medidas de prevenção ao novo coronavírus, o Covid-19. A palestra ‘Coronavírus: Prevenção e Assistência’ foi promovida pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) e contou com a participação de pesquisadores e gestores de saúde.
A conversa foi mediada pelo secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves. A transmissão foi realizada ao vivo pela internet e a população também pode tirar dúvidas enviando perguntas.
Segundo Francisco Gonçalves, o enfrentamento à pandemia exige união. “Para proteger a saúde das pessoas, é preciso tomar uma série de ações preventivas. Mas para termos bons resultados, é preciso a colaboração de todas as instituições, públicas e privadas”, ressaltou.
A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Saúde (CIEVS), Jaqueline Maria Trinta Rios, afirmou que o trabalho do Governo do Estado começou ainda em dezembro, com o aparecimento do vírus na China. “Estamos monitorando toda a situação desde as primeiras notícias e, paralelamente a isso, elaboramos um plano de contingência”.
Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco, médica especialista em Infectologia, mestre em Saúde e Meio Ambiente, e doutora em Ciências Tropicais e Saúde Internacional, trouxe informações sobre o coronavírus.
A partir de pesquisas realizadas na China, já se sabe que o Covid-19 não deve sofrer mutações significativas, que resultariam em casos mais graves do que os já apresentados. No entanto, as taxa de letalidade em grupos de risco e alta transmissibilidade pedem medidas emergenciais de contenção.
De acordo com a especialista, 80% dos casos de contaminação do coronavírus é leve ou moderada. A preocupação são os idosos e as pessoas com doenças crônicas, que podem apresentar casos graves ou críticos da doença, que pode levar à morte.
Segundo Antônio Augusto Moura da Silva, médico epidemiologista e professor do Departamento de Saúde Pública da UFMA, as estratégias de contenção, isolamento e distanciamento social, como suspensão de aulas em escolas e realização de grandes eventos, são importantes mesmo no Maranhão, onde ainda não há registros da doença.
“As pessoas podem achar que são medidas exageradas, mas evitam que o Sistema de Saúde esgote sua capacidade de atendimento rapidamente, como aconteceu na Itália, onde as pessoas estão morrendo em casa”, frisou.
Isso pode ocorrer porque, segundo o epidemiologista, o vírus se transmite de forma muito rápida. “As estimativas preliminares dão conta que cada indivíduo contaminado infecta duas a três pessoas, por isso a epidemia progride de forma exponencial, o que faz com que em muito pouco tempo o número de casos aumente vertiginosamente”, explicou.
A proteção dos profissionais de saúde que atendem casos suspeitos nos hospitais e a testagem de pessoas com sintomas são outras formas de manter o vírus sobre controle, de acordo com o especialista.
Com informações do Governo do Maranhão.