A Organização Mundial de Saúde, OMS, marca este domingo, 26 de janeiro, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, conhecida como lepra.
Em mensagem sobre o dia, o embaixador da Boa Vontade da OMS para a Eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, disse que “apesar do progresso da ciência, ainda existem pessoas sofrendo com discriminação injustificada.”
Discriminação
Neste dia, o empresário japonês e presidente da Fundação Nippon disse que “pensa na vida dura que as pessoas afetadas enfrentam, abandonadas por suas famílias, isoladas da sociedade e privadas de sua liberdade.”
O embaixador da Boa Vontade contou que “existem pessoas que foram separadas de suas famílias, que não conseguiram continuar na escola, que perderam o emprego e que perderam a chance de se casar.”
Mesmo depois de receberem tratamento, Sasakawa disse que elas “são rotuladas como ex-pacientes e continuam enfrentando discriminação.”
Cura
Segundo o empresário, “através dos esforços de muitas pessoas, a hanseníase é hoje uma doença facilmente curável.” Ele disse que “os medicamentos são distribuídos gratuitamente e a detecção e o tratamento precoces ajudam a prevenir a incapacidade” dos pacientes.
A OMS deixou de considerar a doença um problema de saúde pública mundial no ano 2000, depois de 16 milhões de pessoas terem sido tratadas nas duas décadas anteriores. Ainda assim, em 2018 a agência da ONU registrou mais de 208 mil novos casos.
Sasakawa disse que “novos casos ainda estão sendo descobertos em muitos países e regiões, mas as pessoas não vão a uma clínica ou hospital porque pensam na hanseníase como uma doença vergonhosa.” Segundo o especialista, “este é um dos maiores obstáculos ao diagnóstico e tratamento precoces.”
O embaixador termina a sua mensagem dizendo que a hanseníase “não é uma doença do passado.” Neste dia mundial, ele pede que a data marque “um novo começo” que “faça a diferença na vida das pessoas afetadas.”
Com ONU News.