A Organização Mundial da Saúde (OMS), irá trabalhar com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, (FAO), e a Organização Mundial da Saúde Animal para identificar a origem animal da Covid-19.
A pesquisa foi uma das recomendações feitas pelo Comitê de Emergência da OMS, que reuniu na quinta-feira (30) e aconselhou que o vírus continue sendo considerado uma emergência de saúde publica internacional.
Pesquisa
O novo Coronavírus foi detectado, pela primeira vez, na cidade chinesa de Wuhan em dezembro. Até sexta-feira, tinham sido confirmados perto de 3,2 milhões de casos e a morte de mais de 224 mil pessoas.
Falando a jornalistas em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que a agência irá seguir as recomendações do Comitê. A OMS também irá investigar “o caminho de chegada à população humana, incluindo o possível papel de portadores intermediários.”
Esse trabalho deve ser feito “através de esforços e missões científicas conjuntas, que irão permitir intervenções precisas e uma redução do risco de eventos semelhantes no futuro.”
Fundos
O chefe da OMS lembrou o lançamento do ACT Accelerator, que deve garantir que todas as pessoas tenham acesso a todas as ferramentas para prevenir, detectar e tratar a covid-19. Na próxima segunda-feira, a Comissão Europeia organizará uma conferência de doadores para financiar o projeto.
Esta sexta-feira, a OMS assinou um novo acordo com o Banco Europeu de Investimento. Tedros disse que a iniciativa cobre cinco áreas principais.
Primeiro, um novo Fundo da União Europeia para a Malária, para resolver falhas no desenvolvimento de vacinas, medicamentos e diagnósticos. Embora as mortes por malária tenham caído mais da metade desde o ano 2000, o progresso parou nos últimos anos.
Antibióticos
Em segundo lugar, desenvolvimento de novos tratamentos antibacterianos. Tedros disse que “a resistência aos antibióticos é um dos desafios de saúde mais urgentes” da atualidade e pode “colocar em risco um século de progresso médico.”
O investimento no desenvolvimento de antibióticos continua a diminuir e algumas pequenas empresas de antibióticos faliram em 2019. Poucos novos antibióticos estão sendo desenvolvidos e poucos pretendem combater bactérias resistentes.
A parceria deve ainda investir na construção de sistemas de saúde resilientes, apoiar a cadeia global de suprimentos contra a covid-19 e identificar falhas de mercado em outras áreas da saúde pública, procurando formas de financiamento inovadoras.
Fonte: ONU News.