Pesquisadores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) publicaram estudo sobre a história evolutiva de um grupo de raposas típicas da América do Sul. O estudo teve origem há quase 20 anos quando a pesquisadora, hoje professora da UEMA, Lígia Tchaicka, resolveu pesquisar esse grupo de animais pouquíssimo estudado na época. há um total de 6 diferentes espécies, algumas inclusive atualmente ameaçadas de extinção. Na época, foi investigado, através da análise do DNA, a história evolutiva do grupo. Um importante achado nessa pesquisa e confirmado depois por pesquisas subsequentes, foi a descoberta de alguns indivíduos aos quais a análise do DNA não os agrupava junto aos indivíduos de sua própria espécie, como seria naturalmente esperado. Outro detalhe que despertou curiosidade na época foi de que ambos os indivíduos foram coletados na mesma região, no Estado de São Paulo.
As duas espécies de raposas envolvidas no estudo correspondem à raposa-do-campo ou graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus), que no Brasil, tem sua distribuição restrita ao sul do país, mas ocorrendo em outros países sul-americanos. Do outro lado, nos temos a chamada raposinha ou raposinha-do-cerrado (Lycalopex vetulus), uma espécie que só ocorre no Brasil (endêmica), típica do Cerrado brasileiro, sendo inclusive a espécie de raposa que observamos no Estado do Maranhão. Algo importante a ser considerado é que essas duas espécies, apesar de terem uma aparência bem semelhante entre si, o que dificulta a sua identificação em campo, elas, historicamente, têm sua distribuição no Brasil bem definida, não havendo, até então, registros de sobreposição de suas áreas de ocorrência.
Mais informações na reportagem de Junior Pereira para a TV Cidade/Record.
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