O rotavírus é doença que preocupa a muitos pais de recém-nascidos, já que em seu estado mais grave pode levar a morte de crianças menores de 5 anos. Em São Luís, de janeiro a maio, quase 30 casos foram notificados, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Por isso, especialista alerta sobre os sintomas e cuidados necessários para evitar e tratar a rotavirose.
Segundo o Ministério da Saúde, O Rotavírus (vírus RNA da família Reoviridae, do gênero Rotavírus) é um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA) e uma das mais importantes causas de diarreia grave em crianças menores de cinco anos no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento.
Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção por rotavírus, no entanto, a gastroenterite, ou seja, a manifestação clínica, é mais prevalente em crianças menores de cinco anos. Recém-nascidos normalmente têm infecções mais leves ou assintomáticas, provavelmente devido à amamentação e aos anticorpos maternos transferidos pela mãe.
O Rotavírus (rotavirose) é transmitido pela via fecal-oral (contato pessoa a pessoa, ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados, e propagação aérea por aerossóis) e é encontrado em altas concentrações nas fezes de crianças infectadas. O período de incubação é de dois dias, em média. Quanto à transmissibilidade excreção viral máxima acontece nos 3º e 4º dias a partir dos primeiros sintomas. Apesar disso, é possível detectar rotavírus nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarreia.
Algumas medidas podem prevenir a infecção por Rotavírus (rotavirose), como a administração da vacina para rotavírus humano G1P1[8] (atenuada) em crianças menores de seis meses. O esquema de vacinação é de duas doses exclusivamente por via oral, sendo a primeira aos 2 meses e a segunda aos 4 meses de idade com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. A vacina é contraindicada nos seguintes casos: imunodeficiência, uso de imunossupressores ou quimioterápicos, história de doença gastrointestinal crônica, má-formação congênita do trato digestivo não corrigida, história prévia de invaginação intestinal ou história de hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.
Outras ações de prevenção incluem práticas de higiene e consumo adequado de alimentos, tais como:
- Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar os alimentos, amamentar, tocar em animais;
- Lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
- Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guardar os alimentos em recipientes fechados);
- Guardar a água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita para evitar a recontaminação;
- Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados;
- Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada. Quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado;
- Usar sempre a privada, mas se isso não for possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de água;
- Manter o aleitamento materno (aumenta a resistência das crianças contra as diarreias), evitando o desmame precoce.
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