Na índia a cada 1.818 meninas recém-nascidas, 43 são mortas

Na índia a cada 1.818 meninas recém-nascidas, 43 são mortas

Mesmo com o passar dos anos, os casos de rejeição contra bebês do sexo feminino em países como China, Egito e Índia não sofreram grandes alterações. A alta taxa de mortalidade, seja por aborto ou homicídio durante o crescimento, tem preocupado religiosos e especialistas. Na Índia a cada 1.818 meninas recém-nascidas, 43 são mortas.

Nesta quarta-feira (11) um caso de uma mulher indiana chamou atenção. Imagens mostram a mãe desesperada segurando sua filha ainda bebê na frente de um necrotério em Bangalore. De acordo com Reshma Bano, sua filha, Afreen, foi levada ao hospital no último domingo (8) após ser espancada pelo pai, que ficou insatisfeito por não ter tido um filho homem. O bebê teve uma parada cardíaca e morreu. O pai da criança foi preso no dia seguinte à internação.

O grande número de casos relacionados a rejeição contra crianças do sexo feminino na Índia são explicados pelo costume do dote. No país os pais têm que dar um bom dote ao marido, cerca de 1.000 dólares, para casarem as filhas. Outro fato é que muitas vezes os filhos são a única fonte de segurança para os pais na velhice. Existem também casos onde a mulher não herda os bens, logo, os filhos homens representam o seguro com que contam as mães, por ocasião de morte ou abandono do marido.

Nos centros urbanos os casos de infanticídio são raros, devido o acesso ao aborto seletivo. O processo é muito comum em países como China, índia e Coréia do Sul. O uso crescente do procedimento está contribuindo para uma diferença crescente no número de meninos e meninas.

Na Índia o governo está incentivando a gestação de meninas com programas de incentivo pelo rádio, pela televisão e campanhas nas escolas. Para conter o número de assassinatos das crianças mulheres, o governo também está exigindo que os produtores e vendedores de máquinas de ultrasonografia informem os nomes dos compradores e os locais onde as máquinas são usadas. 

Na China, Coréia do Sul e três estados hindus os testes pré-natais para descoberta do sexo foram proibidos, porém os abortos seletivos continuam a existir devido a existência de testes ilegais.
 

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