As Nações Unidas divulgaram um estudo, nesta terça-feira, mapeando a situação de pessoas que vivem com deficiência visual ou cegueira em todo o mundo.
Em seu primeiro levantamento global sobre o tema, a Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que cerca de 2,2 bilhões de pessoas vivem nessa situação.
Envelhecimento
E quase metade desses casos, ou mais de 1 bilhão, poderiam ter sido evitados ou tratados. A maioria dos pacientes vive com glaucoma ou catarata que não foram tratados a tempo.
Em nota, o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que “doenças oculares e deficiência visual são muito comuns e muitas vezes não são tratadas.”
As principais causas são o envelhecimento da população, mudanças de estilo de vida e falta de acesso a cuidados, sobretudo em países de rendimentos baixo ou médio.
A agência da ONU estima que um orçamento de US$ 14,3 bilhões bastaria para acabar com essas doenças.
Óculos
Para Ghebreyesus, os pacientes “devem receber tratamentos de qualidade e acessíveis”.
Para ele, “incluir estes cuidados no sistema nacional de saúde e demais assistências é um passo importante de qualquer país para a cobertura universal de saúde.”
A OMS afirma ser “inaceitável” que 65 milhões de pessoas estejam nesta situação quando podiam ter sido curadas com uma operação simples.
Atualmente, 800 milhões de pessoas têm dificuldades no dia a dia por não terem acesso a um par de óculos.
Estilo de vida
Segundo o relatório, estes problemas estão cada vez mais relacionados com o estilo de vida da população.
Um especialista da OMS, Alarcos Cieza, diz que crianças que passam pouco tempo ao ar livre podem acabar desenvolvendo miopia.
Cieza explicou que os olhos "nunca relaxam" quando uma pessoa está dentro de casa.
O aumento e envelhecimento da população devem aumentar “de forma significativa” o número de pessoas com problemas oculares, mas isso pode ser combatido com medidas preventivas.
Entre as condições mais comuns que podem ser tratadas, estão efeitos da diabetes, cataratas e glaucomas.
A prevenção é mais importante em regiões de baixa renda, como a África Subsaariana e Sul da Ásia, onde as taxas de cegueira são oito vezes maior do que nos países de alta renda.
Com Onu News.