Em alta pelo 10º mês consecutivo, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de São Luís deu mais uma guinada e encerrou março com crescimento de +4,4%. Com a variação positiva, o índice que mede a perspectiva do consumo familiar fechou o mês em 79,1 pontos, dando mais um salto rumo à zona de otimismo (100 pontos).
Nos últimos 12 meses, o ICF já consolida um aumento de 27,4%. O avanço considerável na passagem mensal é fruto da melhora dos indicadores que compõem o levantamento, conforme apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Apesar de as famílias demonstrarem que este ainda não é o momento para a aquisição de Bens de Consumo Duráveis, o índice foi o que mais se destacou na passagem mensal com alta de +13,6%, fechando o mês com 39,7 pontos. O indicador, que sofreu forte queda durante os períodos mais críticos da pandemia, chegou a marcar 28,4 pontos no mesmo período de 2021.
O resultado demonstra, para o longo prazo, uma propensão à retomada do estímulo das famílias pela aquisição de carros, eletrodomésticos, eletroportáteis e outros produtos da categoria. Com a atual tendência de queda do câmbio brasileiro, somado a um eventual reaquecimento da economia nos próximos meses, o cenário deste tipo de segmento inclina para uma melhora gradativa.
“A maior disponibilidade de estoque destes produtos nas fábricas e lojas, incentivam eventuais liquidações e políticas de preços mais amigáveis. A proximidade com o Dia das Mães também pode apresentar um cenário positivo, reaproximando as famílias das expectativas de consumo desses produtos de maior valor agregado”, destaca José Arteiro, presidente da Fecomércio-MA.
Intenção de Consumo no médio prazo
O indicador de Perspectiva de Consumo, que mede a percepção dos consumidores para o consumo futuro, revela que para os próximos meses, 54,3% acreditam que o gasto seja menor que o ano passado, em função da pressão inflacionária, o que justifica o índice ainda se posicionar em uma zona de pessimismo com 60,7 pontos em março.
Entretanto, há possibilidades para que este indicador supere as expectativas negativas carregadas pela alta dos preços, e a melhora da percepção das famílias sobre a sua renda consiga cobrir a perda do poder de compra causada pela corrosão inflacionária. Esta possibilidade de melhora no nível de rendimento impulsionou o crescimento de +6,55% da Perspectiva de Consumo em comparação a fevereiro de 2022, quando o indicador fechou em 56,9 pontos.
O índice de Situação Atual do Emprego ratifica esse cenário mais positivo para o futuro, uma vez que o consumidor está se sentindo mais seguro no seu emprego, em relação ao mesmo período do ano passado. O índice segue em ascensão desde junho de 2021 e encerrou o mês próximo à zona de otimismo, com 95,7 pontos, um avanço de +3,0% no mês.
A Perspectiva Profissional, que demonstra se o consumidor prevê melhorias profissionais nos próximos seis meses, também segue crescendo. Em março, o indicador fechou em otimistas 114,8 pontos, alta de +1,9%, apontando que 54,6% dos entrevistados acreditam que as suas condições de trabalho serão mais prósperas no futuro.
Nota
A pesquisa foi realizada nos últimos 10 dias de fevereiro, buscando analisar a expectativa de consumo para o mês seguinte. A amostra é de 500 famílias de São Luís e o nível de confiança do levantamento é de 95%, com margem de erro de 3,5%, para mais ou menos. O ICF varia de 0 a 200 pontos, sendo 100 pontos o patamar de indiferença. Acima de 100 pontos é considerada a zona de otimismo e abaixo de 100, zona de pessimismo.
Fonte: Fecomércio