Em entrevista à uma emissora de rádio de Porto Alegre, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a Casa vai analisar se houver algum pedido judicial de afastamento da deputada Flordelis (PSD-RJ) ou outra medida, o que até agora não ocorreu.
A deputada é apontada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. A deputada é uma das 11 pessoas denunciadas pelo crime e teve sua residência no Rio de Janeiro e o apartamento funcional em Brasília alvos de operação policial de busca e apreensão nesta segunda-feira (24).
“Este é um crime que não tem relação com o mandato”, disse Rodrigo Maia.
Por isso, afirmou que não existe foro especial para o caso, que está sendo objeto de processo na primeira instância da Justiça. “Não é uma questão de foro, mas de prerrogativa”, disse.
Para que a deputada seja presa ou afastada do mandato, é preciso que haja autorização da Câmara. “Se o Judiciário pedir o afastamento, vamos decidir. Em relação ao processo, tenho que analisar para que a Câmara avalie que providências tomar”, disse Rodrigo Maia.
O CRIME
O MP-RJ (Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro) denunciou nesta segunda-feira (24) a deputada federal Flordelis de Souza pela morte do marido, pastor Anderson do Carmo de Souza, assassinado em junho do ano passado.
Além disso, a Polícia Civil, em ação conjunta com o MP-RJ, cumpre nove mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão contra 11 envolvidos na morte do pastor Anderson do Carmo de Souza. A ação ocorre em endereços do Rio de Janeiro (RJ), de Niterói (RJ), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF).
Segundo o delegado Allan Duarte, a motivação do crime teria sido a disputa de poder e sua emancipação financeira do marido. Flordelis não estava satisfeita com a forma como o marido organizava as finanças e os problemas da família.
Fonte: Agência Câmara de Notícias; R7.