Maranhão registra primeiros casos de variante indiana da Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou em coletiva de imprensa na manha desta quinta-feira (20) que o Maranhão registrou os primeiros casos de variante indiana da Covid-19.

Trata-se da B.1.617.2, uma das três versões já identificadas da variante indiana B.1.617. A variante foi detectada nas seis amostras enviadas para análise no Instituto Evandro Chagas (IEC). Os tripulantes do navio “MV SHANDONG DA ZHI” seguem sendo monitorados e não há confirmação da circulação do vírus em território maranhense.   

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, durante entrevista coletiva. O secretário elencou também as medidas que estão sendo tomadas:

“O Ministério está enviando uma equipe da Secretaria de Vigilância em Saúde para o Maranhão. Nós temos atuado em conjunto com a ANVISA e destaco que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas, a tripulação está isolada e o navio não tem permissão para atracar em solo maranhense. A SES e a ANVISA monitoram diariamente a evolução do quadro de saúde dos tripulantes que estão isolados no navio”, disse Carlos Lula. 

Mais informações na reportagem de Marcos Barbosa, da TV Cidade/Record TV.

Das 15 amostras positivas colhidas dos tripulantes, seis apresentaram maior carga viral para o sequenciamento genômico, que resultou na confirmação da B.1.617.2, considerada variante de atenção, já que pode estar relacionada a uma maior transmissão e, consequentemente, aumento dos casos de internação. As demais amostras dos tripulantes apresentaram carga viral muito baixa.   

O navio está em alto mar e não atracou na capital maranhense, mas três tripulantes precisaram ser levados para uma unidade de saúde por determinação médica, por meio de helicóptero. Dois já retornaram para o navio e um continua internado em um hospital da rede privada de São Luís. Por meio de redes sociais, o governador Flávio Dino reforçou a informação de que o navio não atracou no Porto.

"Quando notificados, tomamos as providências que nos cabem. E proibimos a atracação do navio. Trabalhadores portuários já estão sendo vacinados", diz a postagem feita nesta quinta-feira (23).

O navio foi posto em quarentena no ultimo sábado (15), após um indiano de 54 anos, tripulante da embarcação, ser diagnosticado com covid-19 e encaminhado para a capital São Luís para tratamentos médicos. A tripulação encontra-se isolada, o navio mercante está vazio e não tem permissão para atracar na costa do Maranhão.

Aproximadamente 100 pessoas no Maranhão tiveram contato com os tripulantes da embarcação. eles estão sendo rastreadas e serão isoladas e testadas.

No último dia 14, o Governo Federal proibiu a entrada de estrangeiros em voos oriundos da Índia. A decisão atende recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido aos sucessivos recordes de casos e mortes no país.

Condições clínicas 

Durante a coletiva, foi atualizado o quadro clínico dos 24 tripulantes do navio. Dos 15 que apresentaram resultado positivo para a Covid-19, 12 permanecem assintomáticos. Dos três pacientes que precisaram de assistência médica, dois retornaram ao navio e apresentam sintomas leves, enquanto um permanece internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de unidade de saúde da rede privada, com quadro de saúde considerado estável.     

VACINAÇÃO NO PORTO

Começou, na manhã desta quinta-feira (20), a vacinação contra a Covid-19 para os trabalhadores do Porto do Itaqui. O secretário adjunto de Assistência em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Carlos Vinícius Quadros Ribeiro, participou do início da ação ao lado do presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago. Neste primeiro dia foram convocados trabalhadores da Autoridade Portuária e do OGMO – Órgão Gestor de Mão de Obra do Itaqui.

Após a inclusão desse grupo como prioritário no Plano Nacional de Imunização (PNI), o Governo do Maranhão garantiu as doses. A partir de segunda-feira (24) serão atendidos os trabalhadores das empresas e instituições com sede na poligonal do Porto do Itaqui, conforme chamada organizada pelas equipes da SES e representantes das empresas, com apoio do serviço médico da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP).

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