Saiba quais os riscos de não vacinar seu filho contra a poliomielite

Saiba quais os riscos de não vacinar seu filho contra a poliomielite
Foto: reprodução/TV Cidade.

Por muitos anos, o Brasil foi exemplo para o mundo quanto o assunto era aplicação de vacina. Porém, a prática vem diminuindo: o Brasil registra hoje a menor cobertura vacinal contra a poliomielite dos últimos trinta anos, segundo dados do Ministério da Saúde.  

No Maranhão, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) contabiliza 157.955 doses aplicadas em crianças de 1 a 4 anos, o que corresponde a 34,46% da população desta faixa etária no corrente ano. Já em nível nacional, cerca de 4 milhões de doses foram aplicadas desde o início da mobilização. Por conta da baixa adesão, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha vacinal até o dia 30 de setembro. A meta é imunizar 95% ou mais da população alvo.

Vírus

A doença é causada por um vírus, conhecido como poliovírus, que, ao entrar em contato com o organismo de crianças e adultos, pode levar à paralisia, principalmente dos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção contra a enfermidade. O público infantil menor de cinco anos deve receber as doses segundo o esquema vacinal.

Em 2019, um estudo da Avaaz em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBim), mostrou que 13% dos entrevistados não se vacinaram ou não vacinaram uma criança sob seus cuidados, o que totaliza 21.249.073 de brasileiros. Entre os motivos estão: esquecimento, falta de planejamento, achar que a vacina não era necessária, medo dos efeitos colaterais e falta de informação correta.   

Para a médica Rayssa Gabrielle de Castro Bueno, não existem dúvidas da eficácia da vacina.

“Vale ressaltar que o Brasil conta com o Programa Nacional de Imunizações (PNIm), que é símbolo internacional de qualidade e preocupação no combate e prevenção de doenças, sendo ainda, parte integrante do Programa da Organização Mundial da Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Logo, não há dúvidas acerca da segurança e eficácia das vacinas. Vacinar é um ato de cuidado.”, afirma.

Sequelas

Em caso de contágio por poliomielite, as sequelas podem perdurar por toda a vida. Problemas e dores nas articulações, dificuldades de locomoção, paralisia, dificuldades na fala, atrofia e hipersensibilidade estão na lista de possíveis situações causadas pela doença.

“Até o momento, não existe um tratamento específico para a poliomielite. O que pode ser feito é a realização de fisioterapia, que ajuda no alívio das sequelas, além de medicações para evitar o aumento das dores”, alerta.

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