Parece sinopse de filme futurista, mas sim, há robôs ajudando na luta contra o coronavírus. Acontece que, como parte de seu esforço para conter a disseminação da COVID-19, a China está utilizando robôs de patrulha 5G desenvolvidos pela Guangzhou Gosuncn Robot Co., Ltd, que possui tecnologia Advantech, para monitorar o uso de máscaras e temperatura do corpo em locais públicos.
Após o surto de COVID-19, a empresa atualizou seu robô de patrulha com novos recursos para auxiliar policiais de primeira linha na condução de prevenção de doenças. Como a aferição manual da temperatura corporal expõe o pessoal de segurança pública a riscos potenciais à saúde, esses robôs estão equipados com 5 câmeras de alta resolução e termômetros infravermelhos capazes de escanear a temperatura de 10 pessoas simultaneamente em um raio de 5 metros.
Se uma temperatura alta ou a ausência de uma máscara for detectada, os robôs enviam um alerta às autoridades relevantes. Todos os dados podem ser transmitidos para um centro de controle para resposta em tempo real e tomada de decisão. Além disso, embora esses robôs sejam máquinas autônomas, eles também podem ser controlados remotamente, impedindo a infecção cruzada. Não é surpresa, portanto, que esses robôs de patrulha 5G de última geração já tenham sido vistos em aeroportos e shopping centers nas cidades de Guangzhou, Xangai, Xi'an e Guiyang. Esses modelos integram tecnologias de IoT, IA, computação em nuvem e big data para realizar detecção ambiental, tomada de decisão dinâmica, controle autônomo de movimento, bem como detecção e interação comportamental.
Nas alas dos hospitais, um verdadeiro exército de robôs com rodas e luz UV circula pelos corredores e desinfeta as áreas, enquanto humanoides com tela embutida entregam alimentação e remédios, realizando procedimentos como extrair os sinais vitais dos pacientes ao mesmo tempo em que se comunicam com eles e a equipe médica, através de videoconferência.
Robôs e drones têm sido igualmente adotados nos Estados Unidos para proteção de pacientes e funcionários nas unidades de saúde e é só uma questão de semanas para que vários hospitais, de vários países, passem a adotar robôs nas condutas médicas.
Brasil
Nosso país também conta com tecnologias dotadas de inteligência artificial capazes de ajudar no controle e combate a doenças e no bem-estar dos pacientes. Segundo André Araújo, CEO da XRobô, startup brasileira especializada em aplicações para robôs de atendimento, a tecnologia robótica também anda lado a lado com a área da saúde, seja em tempos de coronavírus ou outras emergências e situações médicas.
“Há robôs que possuem telas, sensores, câmeras e bateria de alta capacidade. Se embarcados com aplicações especificamente customizadas para o setor de saúde, são capazes de monitorar pacientes 24 horas por dia, sete dias por semana, registrando atividades e a evolução dos doentes para ajudar médicos e equipes hospitalares a cumprir protocolos de forma rápida, prática e segura”.
De acordo com o executivo, inúmeros modelos robóticos e tecnologias disruptivas passarão a ser utilizados com maior frequência devido à urgência do momento. No caso dos robôs, há ainda uma gama de possibilidades que vai além, o que inclui desde a atuação de humanoides como agentes de disseminação de informação em salas de espera de consultórios, clínicas e hospitais ou como provedores de entretenimento e interação para pacientes em isolamento hospitalar – ajudando, inclusive, a amenizar os efeitos colaterais do confinamento, como ansiedade e depressão.
“No Brasil já há robôs com aplicações customizadas da XRobô em diferentes setores corporativos, como nas redes hoteleira e de varejo, mas em tais casos a interação ainda é circunscrita ao estabelecimento e ao ato de recepcionar o público e prestar informações ao cliente".
Com Canaltech.