O Natal de 2022 pretende ser mais otimista para o comércio de São Luís do que o de 2021, com 60,6% dos consumidores afirmando presentear no dia 25 de dezembro. Este resultado da Pesquisa de Intenção de Consumo para a data, apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão, mostra-se bastante favorável ao empresário da capital, que busca dar fôlego ao negócio nesta época, com as contratações temporárias e ampliação de estoques.
Este cenário mais positivo em relação ao ano passado representa um crescimento de +6,13% na pretensão de presentear pelo ludovicense. Esta é a segunda alta seguida na intenção de agradar no Natal desde 2015, apontando uma retomada mais definitiva à normalidade das comemorações das datas sazonais em comparação ao período pré-pandemia.
“Neste momento em que a economia maranhense busca forças para se reestabelecer ainda em um cenário de muitas incertezas, ter o período sazonal de fim de ano mais propício às compras traz ânimo ao comerciante, possibilitando a ele incrementar o seu negócio através de uma receita extra com as vendas. Esta época também se mostra favorável ao consumidor ludovicense, que após manter o seu consumo estagnado por meses em 2022 deve usar o apelo afetivo da data para garantir o presente dos familiares e pessoas próximas do seu convívio”, avalia o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó.
Sacola de Natal
Assim como no Natal de 2021, o consumidor continua generoso este ano, mesmo com os entraves econômicos que seguem encarecendo boa parte dos itens de desejo dos ludovicenses. Isto porque em 2022 ele pretende desembolsar a quantia média de R$ 433,00 com a sacola de presentes. Apesar do valor robusto, este percentual é R$ 50,00 menor do que o gasto pretendido em 2021 (R$ 483,00), uma redução de -10,3% entre os períodos natalinos.
Por outro lado, o consumidor ludovicense deve investir mais nos produtos individuais este ano, gastando uma média de R$ 223,00 por presente. Em 2021, esse valor médio era de R$ 182,00, ou seja, o aporte deste ano para cada presente cresceu +22,5%, alta inclusive acima da inflação dos últimos 12 meses, apurada em 6,4%.
Em relação à quantidade de itens que os consumidores pretendem comprar, a pesquisa aponta uma similaridade com os dados apurados em 2021. Assim como no ano passado, a maior fatia deve comprar pelo menos 2 produtos (39,7%), seguida dos interessados em comprar 3 itens (21%). Ou seja, neste Natal 60,7% do público entrevistado deve garantir a felicidade dos seus pares adquirindo mais de 1 item para presentear.
“A motivação comportamental da data, em conjunto com o pagamento do 13° salário, contribui para uma cesta de compras mais robusta em comparação as demais datas ao longo do ano”, complementa Feijó.
Perfil de consumo
Diferente do que ocorreu em 2021, quando a intenção de presentear ficou equilibrada entre homens e mulheres em 57% para ambos, neste ano os homens têm maior intenção de agradar no dia 25 de dezembro, com 66,2% do total de entrevistados deste gênero. Já entre as mulheres, a pesquisa aponta a pretensão de presentear por 55,9% delas.
Em relação àqueles que querem presentear por faixa etária, a pesquisa aponta que o público com 36 anos ou mais lidera esta intenção, igualmente ao ano passado, mas com crescimento de +9,04% em comparação com 2021, passando de 61% para 67,3%. Os consumidores com idade entre 21 e 35 anos assumem o segundo lugar com 66,1% do público desta faixa etária afirmando presentear.
Quem possui renda familiar intermediária (5 a 10 salários-mínimos) deve presentear mais fortemente, abarcando 71,4% do público com esta faixa salarial. Dentre aqueles que ganham renda mensal familiar maior (mais de 10 salários-mínimos), 67,2% devem agradar no dia de Natal. Já entre os consumidores com menor poder aquisitivo (menos de 5 salários) 63,3% afirmam ter a intenção de agradar na data.
Metodologia
A Pesquisa de Intenção de Compras para o Natal 2022 foi realizada entre os dias 1 e 5 de novembro, em São Luís. O levantamento entrevistou consumidores do município, de 18 anos ou mais, por meio da aplicação de 700 questionários presenciais em diversos pontos da cidade. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de 3,2% para mais ou para menos.
Fonte: Fecomércio.