UFMA começa apurar denúncias de fraudes em cotas raciais

A Universidade Federal do Maranhão começou a apurar as denuncias de fraudes em cotas raciais. O processo esta sendo dirigido pela Comissão de Heteroidentificação, mais de 350 alunos e ex-alunos da Universidade estão sendo chamados por suspeita de irregularidades na auto identificação nas cotas.

No ano de 2020, a UFMA abriu processo interno para apurar as denúncias sobre os casos dos universitários que teriam entrado na faculdade ilicitamente, fraudando cotas raciais. Por conta disso, as defensorias públicas e a OAB criaram um observatório com a finalidade de fiscalizar o acesso de candidatos cotistas a concursos, seletivos e vestibulares ocorridos no estado nos últimos cinco anos.

Pelos dados da Pró-Reitoria de ensino, são pelo menos 410 denúncias desse tipo e a maioria envolve candidatos que se autodeclararam negros ou pardos. No entanto, esses casos estão sendo apurados administrativamente.

A UFMA alega que as denúncias são referentes ao período entre 2012 e 2019, quando não havia uma comissão para analisar essa autodeclaração. Esses processos administrativos podem invalidar diplomas de universitários que se beneficiaram indevidamente da política afirmativa ou até provocar o desligamento de quem conseguiu a vaga mediante fraude.

Todas as pessoas que foram denunciadas serão convocadas para uma avaliação presencial de características fenotípicas e se for constatado que o universitário não tem o perfil para ocupar uma vaga na cota, ele será desvinculado da universidade.

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