Covid-19: Unicef prepara estoque de 1 bilhão de seringas para vacina

Covid-19: Unicef prepara estoque de 1 bilhão de seringas para futura vacina
Foto: Universidade de Oxford/John Cairns (via Onu News).

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, vai reservar 520 milhões de seringas até o final do ano para garantir o abastecimento quando uma vacina contra a Covid-19 estiver pronta. Até 2021, o plano é chegar a 1 bilhão destes equipamentos. 

Assim que as vacinas forem licenciadas, o mundo precisará de tantas seringas quantas doses de vacina. O objetivo é garantir que o tipo de equipamento chegue aos países antes das vacinas.

Preparação 

Supondo que haja doses suficientes, o Unicef prevê a entrega de mais de 1 bilhão de seringas. Além disso, comprará 620 milhões para programas contra outras doenças, como o sarampo e febre tifoide.  

Em comunicado, a diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore, disse que “vacinar o mundo contra a Covid-19 será um dos maiores empreendimentos em massa da história da humanidade e é preciso agir tão rápido quanto a produção de vacinas.” 

Segundo a chefe da agência, para isso acontecer, é preciso atuar agora. Para Fore,  as seringas “poderão ser enviadas de forma rápida e econômica.” 

A agência está trabalhando com o seu parceiro Aliança Global de Vacinas, Gavi. 

Distribuição  

Além das seringas, o Unicef também está comprando 5 milhões de caixas de segurança para que os materiais possam ser descartados de maneira segura, evitando o risco de ferimentos e doenças transmitidas pelo sangue. Cada caixa contém 100 unidades.  

Equipamentos de injeção têm vida útil de cinco anos. Os prazos de entrega também são longos, pois esses itens são volumosos e precisam ser transportados por frete marítimo.  

As vacinas sensíveis ao calor são normalmente transportadas mais rapidamente por via aérea. Além de economizar tempo, a compra antecipada de seringas e caixas de segurança também reduz a pressão no mercado e previne picos iniciais de demanda.

Parceria 

Como o principal coordenador de compras da Gavi, o Unicef já é o maior comprador individual de vacinas do mundo, adquirindo mais de 2 bilhões de doses de vacinas anualmente para imunização de rotina e resposta a surtos em nome de quase 100 países. 

Todos os anos, a agência fornece vacinas para quase metade das crianças do mundo, adquirindo e fornecendo entre 600 e 800 milhões de seringas para programas regulares de imunização. As vacinas contra a Covid-19 devem triplicar ou quadruplicar esse número. 

Em comunicado, o diretor executivo da Gavi, Seth Berkley, lembrou que, ao longo de duas décadas, a Aliança Global de Vacinas ajudou mais de 822 milhões de crianças dos países mais vulneráveis ​​do mundo a ter acesso a vacinas essenciais. 

Segundo ele, “isso não teria sido possível sem a parceria com o Unicef e é essa mesma colaboração que será fundamental para o trabalho da Gavi com o Covax.”

Segurança 

Para garantir que as vacinas sejam transportadas e armazenadas na temperatura certa, o Unicef e a OMS estão mapeando os equipamentos da cadeia de frio e a capacidade de armazenamento, tanto no setor privado quanto no público. Também estão preparando as orientações para os países receberem as vacinas. 

Henrietta Fore disse que as agências estão “fazendo tudo o que podem para entregar esses suprimentos essenciais de forma eficiente, eficaz e na temperatura certa, como já fazem tão bem em todo o mundo.” 

Mesmo antes da pandemia, com o apoio da Gavi e em parceria com a OMS, o Unicef estava atualizando o equipamento da rede de frio existente nas unidades de saúde dos países para garantir que as vacinas permaneçam seguras e eficazes durante toda a viagem. 

Desde 2017, mais de 40 mil geladeiras de cadeia de frio foram instaladas em unidades de saúde, principalmente na África. Na maioria dos países, o Unicef promove tecnologias solares para ajudar a manter as cadeias de abastecimento. 

No Sudão do Sul, por exemplo, o país menos eletrificado do mundo, onde as temperaturas frequentemente excedem 40 º C, mais de 700 unidades de saúde foram equipadas com geladeiras de energia solar, aproximadamente 50% das unidades de saúde do país. 

Fonte: ONU News.

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