A Secretaria de Estado da Saúde reuniu representantes de unidades de saúde da capital e do interior do estado para reforçar os protocolos de atendimento a casos diagnosticados com o novo coronavírus. A medida visa o alinhamento para identificação, manejo e regulação de pacientes com suspeita ou diagnóstico de síndromes respiratórias graves, incluindo o Covid-19.
A reunião contou com a presença de diretores do Hospital Dr. Carlos Macieira, da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, da Maternidade Nossa Senhora da Penha, da Maternidade Humberto Coutinho, do Hospital Dr. Jackson Lago, do Hospital Regional de Balsas, do Hospital Dr. Tomás Martins, do Hospital Infantil Dr. Juvêncio Mattos, de representantes de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Maranhão e da diretora-executiva do Instituto Acqua, Paula Assis.
Entre as principais diretrizes e orientações, a médica infectologista do HCM, Giselle Boumann, ressaltou a importância da correta identificação de pacientes com síndromes respiratórias graves, com destaque para aqueles com suspeita ou diagnosticados com a Covid-19.
“O objetivo foi apresentar os critérios de internação para cada tipo de alocamento que temos nas unidades de internação para pacientes não-críticos e os pacientes mais graves. O Carlos Macieira é um dos hospitais de referência para o tratamento de pacientes com a Covid-19”, afirmou Giselle.
De acordo com a infectologista, o trabalho de identificação do perfil dos pacientes é de grande importância para a regulação e o manejo para as unidades com leitos específicos aos casos mais graves e os casos de suspeita da doença.
“As UPAs, sobretudo, serão a porta de entrada destes pacientes. As unidades vão formalizar seus protocolos para que seja feita de forma correta a avaliação clínica e o encaminhamento de qual paciente deverá ir para a UTI, qual poderá ir para casa e quais deles vão necessitar de acompanhamento em unidade de saúde. A correta identificação vai possibilitar o tratamento com eficiência e também o melhor aproveitamento dos recursos em relação a equipamentos de proteção individual, regulação dos leitos e medicamentos”, ressaltou Giselle Boumann.
A avaliação dos pacientes com sintomas gripais, febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta incluirá critérios clínicos e laboratoriais, como o exame de gasometria, para definição se o paciente deverá ser regulado para terapia intensiva, para unidade de internação ou se deverá permanecer em casa e ser monitorado pelas equipes de saúde, em situação de isolamento.
Atendimento nas Maternidades
A reunião incluiu também orientações sobre o fluxo de atendimento a pacientes grávidas com sintomas de síndrome gripal. A Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (MACMA) é a unidade de referência para casos graves e de alto risco para gestante e bebê.
As maternidades já adotaram medidas de prevenção ao coronavírus em relação ao fluxo de atendimento de pacientes, entrada e saída de visitantes e acompanhantes. Estão suspensas a entrada de visitantes e acompanhantes com síndromes gripais, crianças e idosos. Será permitido apenas um acompanhante por paciente. Os pais de bebês nascidos nas unidades passam a cumprir a mesmas determinações dos acompanhantes. A entrada de qualquer pessoa nas maternidades só será permitida após triagem e cumprimento das medidas de precaução de contato, com higiene correta das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%, dentro da unidade de saúde.
Na avaliação das pacientes grávidas, aquelas que apresentarem sintomas gripais serão encaminhadas para acompanhamento na MACMA. “A orientação é encaminhar para a unidade de saúde de referência para esses atendimentos. Vamos internar apenas as pacientes com síndrome gripal se os sintomas e o diagnóstico clínico forem leves e se já estiverem no período expulsivo do trabalho de parto, independente do tipo de síndrome gripal”, pontuou Felipe Brayon, diretor geral da Maternidade Nossa Senhora da Penha.
Com informações do Governo do MA.